Preso pela Polícia Federal
nesta segunda-feira (30), o empresário Eike Batista deixou um rastro de
miséria e engano no Maranhão.
Para quem não lembra, a
vinda de Eike Batista ao Maranhão foi patrocinada pela então governadora
Roseana Sarney em março de 2009, após o golpe judicial que tirou Jackson Lago
do poder. Eike e Roseana venderam a promessa de um falso “eldorado”, que surgiria
da exploração de gás e petróleo em municípios paupérrimos do estado, como
Capinzal do Norte, Trizidela do Vale e Santo Antônio dos Lopes, entre outros.
Só que tudo não passou de
mais um engodo da família Sarney. A exemplo da Refinaria da Petrobras em
Bacabeira, que não saiu do papel, do golpe do pólo têxtil de Rosário, que
levantou 24 milhões de dólares de empréstimos da SUDENE junto ao BNB e enganou
cerca de 4 mil homens e mulheres humildes da região do Munin; e da Usimar,
que contou com o decisivo apoio da governadora Roseana Sarney. O Conselho
Deliberativo da SUDAM aprovou um projeto no valor global de U$ 1,38 bilhão e
liberou uma parcela inicial de 44 milhões de dólares para a instalação de uma
fábrica de autopeças no Distrito Industrial de São Luís. A empreiteira Planor
construiu um barracão no local, o empreendimento nunca saiu do papel e o
dinheiro liberado desapareceu.
O embuste do clã voltou a
ocorrer no Maranhão com a tal reserva de gás em Capinzal do Norte e Santo
Antônio dos Lopes, o que seria a salvação/redenção do Maranhão. Festejado pelos
Sarneys que as empresas de Eike (OGX E EBEX) haviam descoberto a ‘meia Bolívia’
de gás natural no interior do Maranhão, o empresário foi incensado e promovido
a semideus por José Sarney, Roseana e integrantes do seu grupo, mas logo viu
seu império cair. Nada de exploração de gás no Maranhão e os milhares de
empregos que seriam gerados não passaram de fantasia. Ficou a miséria dos
maranhenses enganados por Eike e o grupo Sarney.
DOAÇÕES SUSPEITAS
Vale destacar que o
empresário Eike Batista figura como um grande doador de campanhas eleitorais.
Entre os beneficiados a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que
recebeu R$ 1,5 milhão para suas campanhas eleitorais. A Polícia Federal
deve investigar os repasses suspeitos.
De acordo com dados do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eike destinou, em 2010, R$ 500 mil à
campanha de Roseana ao governo do Maranhão.
Antes, no ano de
2006, o PFL (atual DEM) do Maranhão, que tinha à frente Roseana Sarney,
obteve R$ 1 milhão.
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