Programa estadual tem garantido a compra de material
escolar para milhares de
estudantes maranhenses.
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“O programa tem me ajudado bastante”, disse a lavradora Ana Cláudia Reis
Lima Santana, beneficiária do Bolsa Escola (Mais Bolsa Família) em Grajaú, um
dos 24 municípios da Região Tocantina, para onde o Governo do Maranhão destinou
aproximadamente R$ 6,2 milhões este ano, em auxílio a mais de 120 mil crianças
atendidas pelo programa estadual. Comerciantes e famílias de baixa renda da
região comemoram o benefício.
Imperatriz é a cidade com maior quantidade de beneficiários do Bolsa
Escola na Região Tocantina, com 23.802 alunos da rede pública atendidos,
através de investimentos de aproximadamente R$ 1,2 milhão. Em seguida vem
Açailândia, com 15.058 estudantes beneficiados, por meio de mais de R$ 750 mil,
e Grajaú, com 14.023 beneficiários e recursos da ordem dos R$ 700 mil.
A Região Tocantina é composta pelos municípios de Amarante do Maranhão,
Arame, Buritirana, Campestre do Maranhão, Carolina, Cidelândia, Davinópolis,
Estreito, Governador Edison Lobão, Itinga do Maranhão, João Lisboa, Lajeado
Novo, Montes Altos, Porto Franco, Ribamar Fiquene, Senador La Rocque, São
Francisco do Brejão, São João do Paraíso, Sítio Novo, São Pedro da Água Branca,
Vila Nova dos Martírios, Imperatriz, Açailândia e Grajaú.
“Estou sendo beneficiada desde o ano passado e tem me ajudado muito”,
disse outra beneficiária de Grajaú, a lavradora Rosângela da Conceição Sousa,
que recebe o benefício pelos cinco filhos. Ela conta que antes do Bolsa Escola,
faltava dinheiro para comprar produtos essenciais para o aprendizado das
crianças. “Agora compro, além do material escolar, sandália e farda para eles
irem estudar”, disse Rosângela, que é mãe de Lucas da Conceição Sousa, 14 anos;
Taiane Sousa da Conceição, 13 anos; Felipe Sousa da Conceição, 11 anos; Tales
Sousa da Conceição, 8 anos; e Flávio Sousa da Conceição, 9 anos.
Estoque zerado
Proprietário da Papiros Papelaria em Grajaú, Júlio César Carvalho Cunha
tem boas expectativas de venda para este ano, graças ao Bolsa Escola. “As
vendas aumentaram bastante depois do programa. Esses dias mesmo, como ainda não
começaram as aulas particulares, as vendas tem sido 90% do Bolsa Escola”,
afirmou.
O comerciante espera repetir o sucesso do ano passado, quando a
clientela do Bolsa Escola zerou o estoque da loja. “A gente vendeu bastante,
praticamente quase toda a mercadoria. Tivemos que pedir mais produtos para os
fornecedores”, declarou.
“O Bolsa Escola é bom para a família carente e para a gente, que é
microempresário. Os beneficiários escolhem o material que querem e conseguem
comprar de tudo. Antes o pessoal comprava menos, tirava do Bolsa Família para
comprar”, lembrou Júlio César.
Parceria com o cliente
O sucesso do Bolsa Escola em 2016 atraiu o interesse de mais
estabelecimentos comerciais para este ano. Em 2017, a rede credenciada cresceu
69%, com 843 comércios habilitados para a venda através do programa em todo o
estado. Mirando a concorrência, muitos lojistas estão recorrendo a estratégias
de fidelização da clientela.
Em Açailândia, a fiscal de caixa do Bazar Ipanema, Bruna Oliveira Lima,
conta que ajuda a consultar o saldo dos beneficiários, através do site www.bolsaescola.sedes.ma.gov.br.
“A procura está grande, deu uma levantada nas vendas. Para nós lojistas é bom
porque, no dia seguinte, o valor já está disponível. É só vantagem para todo
mundo”, disse Bruna.
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