Em nome disso, lançam o país nos rumos
de uma hecatombe política e institucional, um destino desconhecido, de muito
sangue, quem sabe, de muita dor.
JM Cunha Santos
E se o povo brasileiro não resistir nas
ruas o senhor Michel Temer permanecerá no poder ou, no caso da gangrena mental
não chegar a tanto, teremos a opção da eleição indireta com a mais perfeita
lista de candidatos: as escolhas serão feitas entre Renan Calheiros, José
Sarney, o próprio Michel Temer, Aécio Neves, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia e, se duvidar, o próprio Eduardo Cunha, depois de um habeas corpus
imprevisível e da devolução de seus direitos políticos.
Exagero? Num país em que seu presidente
não eleito combina a entrega semanal de uma propina R$ 500 mil, durante 25 anos
e considera ótimo a compra de juízes e procuradores, tudo pode acontecer. E já
está acontecendo. Alguém já se perguntou quanto está custando à carne desossada
dos brasileiros o apoio congressual que Temer, a despeito de sua
descontinuidade moral, está recebendo? Hienas, senhores, não mordem de graça. E
pesa a sensação de que uma grande maioria de parlamentares está disposta a
votar pela desgraça do Brasil. Ainda hoje, quatro ministérios tiveram que ser
evacuados em virtude de confrontos, houve incêndio no Ministério da Agricultura
e danos nos ministérios da Fazenda, do Turismo, do Planejamento, na Catedral
Metropolitana, no Museu da República e no Ministério das Minas e Energias.
E tem parlamentar defendendo
descaradamente o governo e 17 partidos assinaram a anulação da delação da JBS.
Perderam a capacidade de ouvir a população, só conseguem ouvir o tilintar de
moedas nos cofres dos Tios Patinhas. Em nome disso, lançam o país no rumo de
uma hecatombe política e institucional, um destino desconhecido, de muito
sangue, quem sabe, de muita dor.
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