JM Cunha Santos
A Operação Rêmora, da Polícia Federal,
encontrou mais um foco de corrupção em empresa contratada na Secretaria de
Estado da Saúde durante o governo Roseana Sarney e sob a gestão do então
secretário Ricardo Murad. Desta feita, a PF chegou ao Instituto de Desenvolvimento
e Apoio à Cidadania, de Antônio Aragão, que está preso e é também presidente do
PSDC. O Idac gerencia 6 unidades hospitalares no Estado.
A Operação apreendeu cerca de R$ 700 mil
em espécie no Instituto, em flagrante e em uma das residências vistoriadas,
além de documentos e veículos de luxo. A fraude no Idac, até agora, está
calculada em 18 milhões de reais.
Sermão aos Peixes
A Rêmora é a quarta fase da “Operação
Sermão aos Peixes”, de pois das operações Abscônditos e Voadores. A operação
“Sermão aos Peixes”, também deflagrada em conjunto com a Controladoria Geral da
União e o Ministério Público Federal, cumpriu em sua primeira fase 13 mandados
de prisão preventiva, 60 de busca e apreensão e 27 mandados de condução
coercitiva, entre eles o do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad. No período
da investigação, o volume de recursos destinados pelo Ministério da Saúde ao
Fundo Estadual de Saúde do Maranhão foi de R$ 2 bilhões de reais. O rombo
deixado pela organização criminosa que agiu durante quatro anos na SES foi
calculado pelo Ministério Público em R$ 1 bilhão. Como responsáveis diretos por
esse majestoso desvio de recursos, a investigação apontou o Instituto Cidadania
e Natureza (ICN), de Benedito Silva Carvalho e Pericles Silva Filho e o Instituto
Bem Viver, de Emílio Borges Rezende, presos no decorrer da operação e também
contratados no governo Roseana Sarney.
A “Rêmora” coloca no centro do furacão
Fernando Sarney e Ricardo Murad que, inclusive, antes mesmo de deflagrada a
operação, anunciou que estava desistindo de sua candidatura. Sem contar que
Fernando Sarney e o velho Sarney já estão passeando de tsunami em decorrência
da prisão de José Francisco das Neves, o Juquinha das Neves, ex-presidente da
Valec, estatal responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul e tido como
operador das propinas de Sarney e do PMDB, num total de 1 % do bilionário
contrato.
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