JM Cunha Santos
Foto:
Nilson Figueiredo
|
Elucidado o caso dos policiais militares
desparecidos e mortos de Buriticupu, cabo Júlio Cesar da Luz Pereira e o
soldado Carlos Alberto Constantino de Sousa, o secretário Jefferson Portela,
durante entrevista coletiva concedida no auditório da SSP, na manhã de ontem,
respondeu às críticas e ataques feitos por políticos no decorrer das
investigações. Iniciou dizendo que, ao contrário do que apregoaram nas tribunas
e na mídia, não se tratava de um caso de desaparecimento, mas que a questão
envolvia desvios de condutas com práticas de crimes e envolvimento em
organização criminosa.
Para Jefferson Portela, os que atacaram
o Sistema de Segurança em virtude do desaparecimento dos policiais queriam
aparecer, ganhar votos ou desinformar a população. Ele afirmou que o inquérito
policial é uma atividade sigilosa, não é assunto para palanque. “A polícia fala
quando alcança a verdade dos fatos”, disse reafirmando que a polícia do
Maranhão não age sob pressão.
Segundo Jefferson Portela, o
desaparecimento do cabo e do soldado foi mais um ato num rol de crimes entre os
quais constavam assaltos e extorsão. “Recebemos acusações falsas e levianas mas
tivemos que manter silêncio para não atrapalhar as investigações”, declarou
informando que a formalização dos pedidos de prisões pela polícia foi feita
ainda em fevereiro o que só não aconteceu porque o juiz da comarca de Cururupu
se julgou incompetente para atuar nos autos do processo. Coube, agora, à
Justiça Militar decretar as prisões do tenente Josuel Alves Aguiar e dos soldados
Tiago Viana Gonçalves e Glaydstone de Sousa Alves. “Ficamos na dependência de
uma decisão judicial e quem falou o contrário mentiu, ou por desconhecimento ou
por má fé”, disparou.
A verdade é que enquanto a oposição
atacava o sistema de segurança pública a investigação prosseguia, tanto que
mais de 40 pessoas foram ouvidas pela polícia Civil no correr do inquérito.
As investigações continuam e mais
pessoas deverão ser ouvidas, inclusive as que foram vítimas de extorsão, coação
e intimidação por parte da quadrilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário