O
secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, reuniu-se duas vezes nesta semana
com deputados da Assembleia Legislativa para mostrar como será o funcionamento
do novo Hospital de Traumatologia e Ortopedia, que será inaugurado pelo Governo
do Maranhão em setembro. Os encontros foram para esclarecer dúvidas, prestar
contas e alcançar o máximo de transparência possível. Os parlamentares
destacaram o impacto positivo que a nova unidade vai trazer.
O
hospital está sendo concluído e vai funcionar em São Luís. Na terça-feira (23),
uma comitiva visitou o prédio da nova unidade. Nesta quarta-feira (23), foi a
vez da audiência na Assembleia Legislativa. O secretário de Saúde apresentou
mais informações sobre o equipamento, que aumentará em cinco vezes o número de
cirurgias ortopédicas na capital.
Os
Hospitais do Câncer do Maranhão, antigo Hospital Geral, e o Hospital
Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), unidades referência
em cirurgia ortopédica de alta complexidade no estado, juntos, possuem 10.500
pacientes na fila de espera pelo procedimento.
O
deputado estadual Marco Aurélio (PC do B) destacou a importância do HTO para
suprir um déficit na oferta de tratamento ortopédico. “Só podemos reconhecer e
dar mérito ao trabalho do governo Flávio Dino ao inaugurar esse hospital. Isso
vai assegurar que os pacientes ortopédicos sejam atendidos com rapidez e
eficiência. Acabar com o tormento de quem espera até 8 anos numa fila. Vamos
deixar quem trabalha trabalhar”, elogiou.
A
construção de um novo prédio custaria R$ 22 milhões aos cofres públicos, além
do período mínimo de 3 anos até a conclusão da obra. “O Governo apresentou
todas as informações que provam que a decisão do aluguel é a opção mais barata
e rápida para garantir a inauguração do hospital de emergência na área
ortopédica. O secretário mostrou a transparência e a urgência desse contrato.
Os milhares de pacientes a espera de cirurgia só têm a ganhar”, enfatizou o
deputado Rogério Cafeteira (PSB).
Os
deputados Bira do Pindaré (PSB) e Andréa Murad (PMDB) pediram esclarecimentos
sobre o aluguel do imóvel do prédio da antiga Clínica Eldorado, que sediará o
HTO.
Bira
ponderou que a obra será relevante para a população. “Nós estivemos no prédio e
o trabalho que está sendo feito é extraordinário, muito acima da média do que é
um hospital não só público, até mesmo de hospitais privados. É um padrão elevado
de condições materiais, físicas, de infraestrutura que está sendo colocada ali.
É algo realmente satisfatório do ponto de vista da necessidade da população”,
disse Bira.
O
secretário da SES fez uma retrospectiva a respeito do aluguel do imóvel, medida
também adotada em governo anterior. “No passado, em 2008 até 2011, o Governo
pagou entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, a depender do ano, pela prestação do
serviço na unidade, que não prestou um serviço exclusivo para o Estado. Hoje,
pagamos R$ 90 mil, um valor menor pelo aluguel do prédio destinado ao nosso uso
exclusivo. O contrato inclui o prédio e o os equipamentos que compõem o
hospital”, esclareceu.
Sobre o
desconto no valor do aluguel, Carlos Lula reafirmou que haverá a compensação
assim que a reforma for concluída. “Não havia como obrigar o particular para
fazer o serviço, ele exigiria um preço maior pelo aluguel. Por outro lado, não
havia como iniciar a reforma do imóvel que a Secretaria não tinha posse. Com o
término da reforma, o valor aplicado será abatido das mensalidades
posteriores”, disse.
Reforma
da unidade
Para o
funcionamento do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão, o imóvel
alugado recebeu adaptações específicas. A Secretaria de Estado de
Infraestrutura executa serviços de engenharia para adequação do prédio a nova
funcionalidade.
A
adequação cumpre a Resolução – RDC 50, norma técnica para estabelecimentos
assistenciais de saúde, que, dentre outras regras, exige a separação de 1 metro
entre leitos e distância de 60 cm da parede. O projeto de adaptação do prédio
incluiu também mudanças específicas para tratamento de pacientes ortopédico,
por exemplo, o aumento na largura das portas de acesso, de 60 cm para 1 metro.
O HTO
disponibilizará 44 leitos, sendo 10 para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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