terça-feira, 26 de setembro de 2017

Os cães raivosos e a direita sangrenta

JM Cunha Santos


Há tempos venho denunciando a carnificina moral promovida pela mídia sarneisista contra autoridades, pessoas afinadas ideologicamente com o governo Flávio Dino, colegas de trabalho e todo e qualquer adversário do oligarca José Sarney. Ao comando de analfabetos funcionais, incluindo aí blogs, sites e quejandos, nas redes sociais esse descalabro desce ao nível das brigas de rua, usando eles uma linguagem que foge por completo à diplomacia e educação inerentes ao trato das questões políticas e a tudo o que possa representar neste país a grandeza imanente à Galáxia de Gutemberg.
Sou, no entanto, surpreendido, de repente, por um artigo na coluna Estado Maior, do carro chefe dessa evisceração da dignidade alheia - o jornal “O Estado do Maranhão”, que, sob o título Cães Raivosos, acusa colegas de imprensa de fazer tudo o que eles mesmos sempre fizeram, estão fazendo agora e vão fazer para sempre. Mas não atingem ninguém, pois poder-se-ia dizer, sem medo de errar, que este jornal inventou a mentira, a manipulação e a distorção na imprensa brasileira.
E aproveitam para atacar suas vítimas preferenciais, o governador Flávio Dino e o secretário de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry acusando-o, inclusive, de ser um jornalista graduado e com formação ideológica no trotskismo. Que me perdoem, mas não podem eles, defensores de lideranças como Sarney que se firmaram politicamente no Maranhão e no país apoiando a extrema direita sangrenta que sustentou o SNI, o AI-5 e a câmara de tortura do DOI-CODI, destratar ninguém por sua formação ideológica.

Mas não é Flávio Dino, nem Márcio Jerry que orientam uma imprensa crítica ao sarneisismo. É a indignação pessoal de cada dos que se negaram a vender suas consciências nos últimos 50 anos, ante o deplorável estado de miséria a que arrastaram o povo maranhense, o patrimonialismo que sucateou a economia do Estado, a corrupção orgânica que saqueou as finanças do Maranhão e a passividade que demoliu a dignidade de boa parte da imprensa maranhense: esta que peca e quer punir os outros por seus pecados. Felizmente, são lidos apenas nos circuitos mais fechados da Ilha de Curupu.

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