A
Justiça não é cabine eleitoral de Sarney e seus prepostos.
JM
Cunha Santos
Com
orgulho. O jornal O Estado do Maranhão anuncia que já são treze as ações contra
o governador e o governo Flávio Dino. Treze. E a campanha eleitoral ainda nem
começou. Logo poderão ser 130 ou 13.000. A impressão que se tem é de que
dispensaram as cabines eleitorais porque para Sarney lugar de eleição é nos
tribunais. Afinal, foi nos tribunais que ele ganhou a eleição que sua filha
disputou e perdeu para Jackson Lago.
Sarney
tem incubado, desde o fim da ditadura militar, o vírus do autoritarismo que
leva o indivíduo ao fazer político sem qualquer padrão ético. Está humilhando,
desrespeitando a Justiça com esse canibalismo judicial. A Justiça não é
depósito de frustrações, não é cabine eleitoral de Sarney e seus prepostos. Mas
parece que eles resolveram fazer campanha política na primeira e na segunda
instâncias para serem diplomados na terceira. Mais respeito com o Poder
Judiciário, Senhor José Sarney!
Sarney
é o hospedeiro das mais terríveis doenças da democracia e está transmitindo o
vírus sem nenhuma piedade. Eduardo Braide, Andrea Murad, Sousa Neto, Ildon
Rocha e Adriano Sarney estão tossindo e gosmando arrogância e prepotência. Uma
hora pedem intervenção militar no Maranhão, outra ameaçam fechar veículos de
comunicação. Eduardo Braide já perdeu até o ácido ribonucleico, tornando-se um
terrível aprendiz de ditador em plena gestação; Ildon Rocha é, hoje, um
poderoso reprodutor de material genético despótico e quanto a Andrea Murad,
Sousa Neto e Adriano Sarney estão infectados desde o berço pelo vírus que
contaminou Sarney no correr da ditadura militar.
E
no auge desse ciclo reprodutivo, o autoritarius dictatoricus tiranicus escolheu
como vítimas principais a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a
livre manifestação do pensamento. Só contra a Rádio Timbira são quatro ações
judiciais no intento de tirar do ar a emissora finalmente livre do garrote da
censura imposta por Roseana Sarney, a primeira infectada, que sequer permitia a
participação do ouvinte, fosse o programa qual fosse.
E
querem que seja a Justiça do Maranhão a referendar tamanho retrocesso e tamanha
arbitrariedade. Inspirados por seu chefe Michel Temer, eles pretendem repetir
no Maranhão o mesmo golpe que - estamos vendo isso acontecer agora – tantas
incertezas, desesperanças e desgraças está trazendo para o Brasil.
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