O mais
amplo e recente retrato sobre a educação brasileira mostra que o Maranhão é um
dos Estados que mais têm valorizado os professores. O estudo é do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado
ao Ministério da Educação.
O
“Relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação
(PNE) – 2018” analisa diversas ações no ensino em todos os Estados. O
Maranhão aparece com destaque principalmente no que diz respeito à equiparação
do salário dos professores com os de outros profissionais com a mesma formação.
Quanto mais perto de 100%, mais valorizados são os professores em relação aos
demais profissionais. A meta é atingir os 100% de equiparação.
O
Maranhão tem a melhor marca do Nordeste e a quarta melhor em todo o Brasil:
93,5%. Na média, incluindo professores de todas as esferas (municipal, estadual
e federal) da educação básica, o Maranhão paga o salário de R$ 3.721,40, o
segundo maior do Nordeste.
No que
diz respeito à região Nordeste, o estudo mostra que, em 2017, os estados mais
próximos de alcançar o objetivo da Meta 17 – que trata sobre o salário dos
professores – foram Maranhão (93,5%), Rio Grande do Norte (92,0%) e Sergipe
(90,6%).
Ainda de
acordo com o estudo, “observa-se que no estado do Maranhão ocorreu o maior
crescimento real dos rendimentos brutos médios mensais dos profissionais do
magistério das redes públicas de educação básica – aumento de 18,0% no período
analisado (de R$ 3.153,32, em 2012, para R$ 3.721,40, em 2017)”.
Maior
salário da rede estadual
Outro
levantamento recente publicado na revista Nova Escola mostrou que, levando em
consideração apenas os professores da rede estadual, o Maranhão é o Estado
brasileiro com a melhor remuneração: R$ 5.750,83. O valor se refere a
profissionais em início de carreira com licenciatura plena e jornada de 40
horas semanais.
Mais
crianças nas creches
O estudo
do Inep também verificou a frequência nas creches. De acordo com o relatório,
entre 2015 e 2016, o Maranhão aumentou de 23,2% para 28,9% o total de crianças
de até três anos que frequentavam a creche. É o quarto melhor índice entre os
nove Estados do Nordeste. Em 2014, o Maranhão estava na sexta posição.
O
Maranhão também teve aumento na taxa de crianças de 4 a 5 anos em creche,
passando de 94,6% para 97%. É o segundo melhor índice de todo o Brasil.
As
creches fazem parte da política educacional dos municípios, que vêm sendo
estimulados pelo Escola Digna. “O Programa Escola Digna repercute também nessa
evolução do atendimento de creche, mesmo não sendo atribuição constitucional do
Estado e sim do município, porque coloca a educação no centro de uma política
pública”, afirma Nádya Dutra, secretária Adjunta de Ensino da Secretaria de
Educação do Estado.
O Escola
Digna investe, entre outras coisas, na substituição de escolas de taipa por
escolas de alvenaria no ensino fundamental, mas também faz a formação de
gestores da educação infantil. “Quando a gente leva isso para as cidades, os
gestores municipais também se sentem estimulados a investir em educação, sabendo
que é uma política fundamental para o futuro dos maranhenses”, acrescenta a
secretária adjunta.
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