Salários
de servidores pagos em dia, centenas de obras entregues, escolas e novos
hospitais construídos e em pleno funcionamento. Mesmo com o cenário de perdas
de R$ 1,5 bilhão em recursos federais acumulados nos últimos três anos, o
Maranhão conseguiu fechar a conta das receitas e despesas e mais, fazendo
investimentos.
De acordo
com estudo recém-divulgado pelo Tesouro Nacional, poucas unidades da federação
conseguiram tal proeza. Segundo a pesquisa, 16 estados e mais o Distrito
Federal não mantiveram sequer os limites de gastos com pessoal determinados
pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 60%. O Maranhão está bem na
lista, tem 57%.
“Já no
início de 2015, nós pressentíamos que o Brasil mergulharia em uma profunda
crise e que isso nos afetaria de forma muito negativa. Tomamos medidas iniciais
para gerarmos um movimento contra essa crise, com as chamadas medidas
anticíclicas”, afirmou o secretário de Fazenda Marcellus Ribeiro.
Ajuste
Fiscal
Entre as
medidas, a primeira adotada foi o ajuste fiscal. De acordo com o secretário a
política de isenção beneficiava empresas específicas. Algumas recebiam
descontos de impostos com um percentual muito elevado, enquanto outras do mesmo
setor não contavam com qualquer incentivo.
“Verificamos
inicialmente a situação dos regimes especiais, com incentivos fiscais para uma
única empresa dentro de determinados setores econômicos, que chegavam ao valor
de R$ 250 milhões por ano. Uma única empresa”, contou Marcellus.
Com os
recursos alcançados pela revogação dos privilégios e com o combate à sonegação,
foi possível investir em políticas públicas, especialmente as destinadas à
geração de empregos.
“Diversas
políticas públicas foram decorrentes dessa poupança. Um exemplo típico é o
Programa Mais Empregos, que concedia R$ 500,00 para as empresas, a cada novo
emprego gerado. Concedemos benefícios fiscais sempre condicionados à
contrapartida social com geração de empregos”, informou.
Além
disso, o secretário destacou a proteção dos mais carentes e dos pequenos
empresários, que ficaram isentos de ajustes do ICMS na conta de energia
elétrica.
“Criamos
mecanismos para proteger os maranhenses com menor renda, mantendo regimes de
isenção para os mais vulneráveis, as pequenas e microempresas também não foram
atingidas, uma vez que elas tributam com base no faturamento, ordenado por uma
Lei da União e não com base na alíquota de crédito e débito de ICMS (tributo
estadual)”, explicou Marcellus.
Conjuntura
O cenário
de redução de receitas da ordem de R$ 1,5 bilhão em repasses federais é um dos
efeitos da crise econômica enfrentada pelo país desde 2015. Como explicou o
secretário de Fazenda, com a queda de arrecadação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda (IR), de competência da União,
ocorreram cortes sucessivos nos fundos que alimentam os repasses financeiros
para o estados e municípios brasileiros.
“A raiz
da crise nacional é justamente a queda dessa receita. Como nós conseguimos
incentivar nossa economia e equilibrar nossas receitas, sofremos menos com a
crise. Se não tivéssemos tomado providências, o Maranhão teria quebrado, como
ocorreu com outros estados”, concluiu.
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