Procuradoria reitera documento do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras sobre “movimentações atípicas” em nome do policial militar Fabrício
José Carlos de Queiroz
Da Revista Fórum
Por intermédio de uma nota, divulgada na tarde desta quinta-feira (6), o
Ministério Público Federal (MPF) confirmou a existência do relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito de
movimentações atípicas envolvendo profissionais da Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro (Alerj). As informações são de Constança Rezende e Fabio
Serapião, na coluna de Fausto Macedo, em O Estado de S.Paulo.
O relatório integra a Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados
estaduais do Rio de Janeiro envolvidos em um esquema de pagamento de
“mensalinho”, de acordo com o MPF.
A nota foi motivada após publicação do Estado, que revelou que o
documento menciona a existência de uma conta no Banco Itaú em nome do policial
militar Fabrício José Carlos de Queiroz, com movimentações financeiras
“suspeitas”.
O PM foi motorista de
Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro. Segundo o relatório, ele movimentou R$ 1,2 milhão entre
janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017.
Uma das transações é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura
primeira-dama Michele Bolsonaro. Ainda segundo a nota, o MPF não
chancela a divulgação de trechos do documento “exceto se a movimentação
relatada pelo Coaf, após examinada com rigor por equipe técnica, revelar
atividade financeira ilegal”.
“Como o relatório relaciona um número maior de pessoas, nem todos os
nomes ali citados foram incluídos nas apurações, sobretudo porque nem todas as
movimentações atípicas são, necessariamente, ilícitas. A íntegra do documento
foi juntada aos autos para confirmar que não houve edição após envio pelo
Coaf”, revelou o MPF.
O Coaf divulgou que
foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são
“incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional
e a capacidade financeira” do PM.
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