O governador Flávio Dino (PCdoB-MA)
rejeitou, em discurso nesta terça-feira 20, que o projeto Consórcio Nordeste
tenha propósito separatista, mas sim “diferente”. Dino participou do evento
Diálogos Capitais, da revista CartaCapital, em São
Paulo, junto aos governadores Camilo Santana (PT-CE), Fátima Bezerra (PT-RN) e
Wellington Dias (PT-PI).
“Não temos nenhuma perspectiva
separatista”, disse o governador. “O consórcio representa esta perspectiva
democrática que não significa oposição, mas sim, diferença. Nós acreditamos na
democracia, no pluralismo e na limitação do poder, de quem quer que seja”,
declarou. O Consórcio Nordeste é
uma iniciativa de estados do Nordeste para atrair
investimentos e alavancar projetos de forma integrada.
Em seguida, o
governador destacou a perspectiva “popular” do Consórcio Nordeste. A ideia é
atrair investimentos do setor privado para a região com mediação estratégica do
Estado.
“Nós,
orgulhosamente, não aderimos aos modismos que acham que o Estado nada tem a
dizer na conjuntura atual. Não aderimos que o mercado pode tudo e vai resolver
tudo”, declarou. “Socialistas utópicos, pré-Marx, já diziam que era o papel
indissociável dos governos. A urna corrige o papel do mercado.”
Dino enumerou as
prioridades do Consórcio e reforçou a necessidade de construir diálogo com as
empresas privadas para o desenvolvimento nacional. “Nós sabemos o lugar
insubstituível do capital privado e das empresas, mas, para que ele possa se
desenvolver em sua plenitude, é preciso que haja uma instância pública, apta em
fazer a compatibilização de múltiplos interesses legítimos na sociedade. Nós
acreditamos em soberania energética, em bolsas de pós graduação, em
desenvolvimento nacional”, disse.
O governador do
Piauí, Wellington Dias, destacou que as principais oportunidades na região
estão no setor de geração e distribuição de energia. “O que está apontado é que
essa região do Brasil tem condição de gerar 80% da energia necessária até
2030”, afirmou.
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