JM
Cunha Santos
Eu
já havia mostrado aqui as semelhanças das ideias que sustentam o bolsonarismo
com os primórdios do nazismo na Alemanha. A censura, a perseguição nazista a
intelectuais como Thomas Mann, Sigmund Freud, Albert Einstein, a proliferação
de colégios militares e até o slogan de campanha de Jair Bolsonaro, uma cópia
do slogan nazista “Deutschland uber alles” (Alemanha acima de tudo), reforçavam
essa afirmação.
O
governo quer agora que sejam policiais militares os clientes preferenciais de
um curso on line ministrado pelo ultradireitista e nazista escancarado Olavo de
Carvalho, guru e conselheiro mor da família Bolsonaro.
Há
poucos dias, Florestan Fernandes, (Jornalistas pela Democracia) escreveu que uma
perigosa identificação dos policiais militares pelo bolsonarismo pode
desembocar na formação de uma tropa de elite nacional nos moldes da SS nazista.
A
SS ou Schutzstaffel, (em português Tropa de Proteção) tinha por lema “Minha
honra é minha lealdade” e era, inicialmente, uma pequena unidade paramilitar. Posteriormente,
agregou 1 milhão de homens, sob comando do famigerado Heinrich Himmler. Essa
tropa, que foi responsável por muitos crimes contra a humanidade durante a
Segunda Guerra Mundial, era formada por homens racialmente selecionados e
disciplinados. Acabou absorvendo a Gestapo, polícia secreta nazista criada com
a única intenção de exterminar grupos étnicos minoritários, comunistas e
socialistas. E é bom não esquecer que os aliados nazifascistas de Jair
Bolsonaro também defendem os grupos de extermínio que atuam no Brasil.
O
jornal Folha de São Paulo, alçado, hoje, à condição de inimigo público número 1
do governo Bolsonaro, informou que já passam de 2.500 os militares que detém cargos
de chefia e assessoria, em mais de 100 órgãos do governo. No Gabinete de
Segurança Institucional, os postos passaram de 943 para 1.061, na
Vice-Presidência da República, passaram de 3 para 65 e no Meio Ambiente, de 1
para 12, segundo a Folha de São Paulo.
Enquanto
lidamos com a volta da censura prévia às produções culturais, avocando,
inclusive, o posicionamento político e o comportamento dos artistas nas redes
sociais, o governo eleva exasperadamente o tom contra a imprensa, num prenúncio
de censura prévia também aos meios de comunicação. O Secretário de Comunicação
do Governo, senhor Fábio Wajnarten sugeriu “Que empresas repensem em quais
veículos anunciam suas marcas. Esse ministério é responsável por gerir recursos
de publicidade. E o presidente Jair Bolsonaro disse que “Parte da mídia ecoa
fake news, ecoa manchetes escandalosas, perdeu o respeito, a credibilidade e a
ética jornalística”. Em seguida, exortou os anunciantes a terem consciência de
analisar cada veículo de comunicação, para não se associarem a eles. Uma clara
demonstração de que, direcionando os anunciantes, pretendem promover a falência
da imprensa livre do país.
Cultor
do ódio antidemocrático que turbinou sua campanha, Bolsonaro disse sobre a
Folha de São Paulo: “A Folha avançou todos os limites. Transformou-se num
panfleto ordinário à causa dos canalhas”. E acrescentou: o que mais me surpreende
são os patrocinadores que anunciam nesse jornaleco.
E sabemos nós que a censura à imprensa e aos
meios culturais e a formação de tropas de elite leais ao governo são ordens
primeiras de todo ditador. Neste e em qualquer outro país.
ACHO EXATAMENTE A MESMA COISA, MAS TEU POST TÁ MUITO BEM ESCRITO E CLARO NO QUE DIZ, VONTADE DE REPLICAR NO MEU BLOG, O MEU POST "OVO" TENTA VER ISSO LINKANDO O OVO DA SERPENTE DE IGMAR BERGMANN. TRISTE , MAS MUITO BEM ESCRITO POST, MEU CARO CUNHA.
ResponderExcluirPS. CARINHO RESPEITO E ABRAÇO.
Esse texto é uma tremenda loucura e sem fundamentos.
ResponderExcluirÉ bom replicar. Vou ver seu texto relativo à obra de Igmar Bergman.
ExcluirEstá enganado. Sinto cheiro de nazistas a quilômetros de distância.
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