terça-feira, 15 de outubro de 2019

Com uma SS nazista em gestação, o governo Bolsonaro militariza a democracia brasileira e tenta falir a imprensa nacional

JM Cunha Santos


Eu já havia mostrado aqui as semelhanças das ideias que sustentam o bolsonarismo com os primórdios do nazismo na Alemanha. A censura, a perseguição nazista a intelectuais como Thomas Mann, Sigmund Freud, Albert Einstein, a proliferação de colégios militares e até o slogan de campanha de Jair Bolsonaro, uma cópia do slogan nazista “Deutschland uber alles” (Alemanha acima de tudo), reforçavam essa afirmação.
O governo quer agora que sejam policiais militares os clientes preferenciais de um curso on line ministrado pelo ultradireitista e nazista escancarado Olavo de Carvalho, guru e conselheiro mor da família Bolsonaro.
Há poucos dias, Florestan Fernandes, (Jornalistas pela Democracia) escreveu que uma perigosa identificação dos policiais militares pelo bolsonarismo pode desembocar na formação de uma tropa de elite nacional nos moldes da SS nazista.
A SS ou Schutzstaffel, (em português Tropa de Proteção) tinha por lema “Minha honra é minha lealdade” e era, inicialmente, uma pequena unidade paramilitar. Posteriormente, agregou 1 milhão de homens, sob comando do famigerado Heinrich Himmler. Essa tropa, que foi responsável por muitos crimes contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial, era formada por homens racialmente selecionados e disciplinados. Acabou absorvendo a Gestapo, polícia secreta nazista criada com a única intenção de exterminar grupos étnicos minoritários, comunistas e socialistas. E é bom não esquecer que os aliados nazifascistas de Jair Bolsonaro também defendem os grupos de extermínio que atuam no Brasil.
O jornal Folha de São Paulo, alçado, hoje, à condição de inimigo público número 1 do governo Bolsonaro, informou que já passam de 2.500 os militares que detém cargos de chefia e assessoria, em mais de 100 órgãos do governo. No Gabinete de Segurança Institucional, os postos passaram de 943 para 1.061, na Vice-Presidência da República, passaram de 3 para 65 e no Meio Ambiente, de 1 para 12, segundo a Folha de São Paulo.
Enquanto lidamos com a volta da censura prévia às produções culturais, avocando, inclusive, o posicionamento político e o comportamento dos artistas nas redes sociais, o governo eleva exasperadamente o tom contra a imprensa, num prenúncio de censura prévia também aos meios de comunicação. O Secretário de Comunicação do Governo, senhor Fábio Wajnarten sugeriu “Que empresas repensem em quais veículos anunciam suas marcas. Esse ministério é responsável por gerir recursos de publicidade. E o presidente Jair Bolsonaro disse que “Parte da mídia ecoa fake news, ecoa manchetes escandalosas, perdeu o respeito, a credibilidade e a ética jornalística”. Em seguida, exortou os anunciantes a terem consciência de analisar cada veículo de comunicação, para não se associarem a eles. Uma clara demonstração de que, direcionando os anunciantes, pretendem promover a falência da imprensa livre do país.
Cultor do ódio antidemocrático que turbinou sua campanha, Bolsonaro disse sobre a Folha de São Paulo: “A Folha avançou todos os limites. Transformou-se num panfleto ordinário à causa dos canalhas”. E acrescentou: o que mais me surpreende são os patrocinadores que anunciam nesse jornaleco.
E sabemos nós que a censura à imprensa e aos meios culturais e a formação de tropas de elite leais ao governo são ordens primeiras de todo ditador. Neste e em qualquer outro país.

4 comentários:

  1. ACHO EXATAMENTE A MESMA COISA, MAS TEU POST TÁ MUITO BEM ESCRITO E CLARO NO QUE DIZ, VONTADE DE REPLICAR NO MEU BLOG, O MEU POST "OVO" TENTA VER ISSO LINKANDO O OVO DA SERPENTE DE IGMAR BERGMANN. TRISTE , MAS MUITO BEM ESCRITO POST, MEU CARO CUNHA.
    PS. CARINHO RESPEITO E ABRAÇO.

    ResponderExcluir
  2. Esse texto é uma tremenda loucura e sem fundamentos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É bom replicar. Vou ver seu texto relativo à obra de Igmar Bergman.

      Excluir
    2. Está enganado. Sinto cheiro de nazistas a quilômetros de distância.

      Excluir