Em entrevista no programa Esperança em Destaque, na Rádio Esperança
FM, o especialista em meio ambiente e desenvolvimento sustentável e consultor
da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Antônio Fernandes Junior,
trouxe esclarecimentos e explicações sobre o Plano Diretor (PD) de São Luís. A
conversa foi com a apresentadora Marina Sousa.
Importante ressaltar a relevância de um documento como o Plano Diretor.
Como disse Fernandes Junior em entrevista, após sancionado, o Plano
possibilitará a alteração imediata de leis antigas que precisam ser
atualizadas, como a Lei de Uso e Ocupação do Solo, que vai definir as
atividades que podem ser exercidas e empreendimentos que podem ser instalados
na cidade de São Luís, além de definir novas regras urbanísticas que
tornarão São Luís uma cidade moderna e atualizada. "O Plano Diretor é um
documento extremamente importante para definir as diretrizes de uma cidade.
Mobilidade, uso e ocupação do solo, implantação de fábricas e empreendimentos, todas
essas questões que têm a ver com o progresso da cidade, passam pelo Plano
Diretor", apontou Fernandes Junior.
Também foi comentado sobre a força conjunta que membros de entidades
ligadas à construção civil e meio ambiente vêm fazendo para dar celeridade à
aprovação do Plano. Um exemplo disso é o presidente do Sindicato das Indústrias
da Construção Civil do Estado do Maranhão, Fábio Nahuz, que tem buscado
agilizar esse processo junto aos órgãos responsáveis.
"Entidades como o Sinduscon, na pessoa do presidente Fábio Nahuz,
têm sido importantes nesse momento em que o Plano precisa andar. Entendemos que
o PD SL precisa da participação popular, mas até a sociedade civil já
entende a importância disso para o município", afirmou.
Fernandes Junior faz alusão ao fato de que está ferramenta já deveria
ter sido discutida e aprovada há três anos. A última atualização data de 2006,
ou seja, desde 2016, esse documento está à espera de ser oficializado, já que o
prazo geral para renovação do Plano é de 10 anos. "E quem perde é a cidade,
que vê investimentos irem embora em decorrência da ineficiência do Plano
atual. A primeira coisa a ser feita é a Elaboração e Proposição. Isso é feito
pelo Poder Executivo Municipal, e o prefeito já deu início em agosto. Falta
agora o processo legislativo, com os parlamentares, para que se dê
andamento", explicou Fernandes.
Ter um plano atualizado é sinônimo de geração de empregos, uma vez que
ele promove segurança jurídica necessária para atrair investimentos de vários
setores. "Aguardamos as audiências públicas com participação popular e a
análise das comissões técnicas, de Meio Ambiente, de Justiça e de Desenvolvimento
Urbano para que, após isso, possa passar pela aprovação dos vereadores
ainda este ano", sinalizou o especialista.
Conforme disse no programa, com o novo Plano Diretor, os instrumentos
urbanísticos poderão ser finalmente implantados após o atraso de quase 13 anos.
"Precisamos dotar São Luís de sustentabilidade, modernidade e segurança
jurídica capazes de habilita-la e prepara-la para a era digital",
finalizou.
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