JM Cunha Santos
Uma notícia no jornal
Valor Econômico deve tumultuar tudo o que diz respeito a delações premiadas no
entorno da Operação Lava Jato. Conforme o jornal, a Odebrecht pagou R$ 1,5
bilhão a 77 executivos e ex-executivos da empresa para fazerem delações premiadas
e, com isso, pavimentarem o caminho para o acordo de leniência da empresa.
Também a OAS pagou R$ 6 milhões para que seus delatores “adequassem” suas
delações.
Entenda-se: grande parte
das condenações e prisões decorrentes da Operação Lava Jato são consequência de
delações premiadas que, pelo que se vê, podem ter sido compradas não apenas
pela OAS e Odebrecht, mas por tantas outras empresas alcançadas pelas
investigações da Polícia Federal.
A oferta de recursos em
troca das delações premiadas implica em pelo menos R$ 20 milhões por cabeça de
executivo delator.
E não há como não lembrar
que o ex-juiz Sérgio Moro condenou Lula a mais de 9 anos de prisão por conta de
um triplex no valor de R$ 1,5 milhão que, por sinal, o ex-presidente nunca
recebeu.
Não bastassem as
revelações feitas pelo The Intercept Brasil de que o ex-juiz Sérgio Moro e
membros do Ministério Público aparelharam as investigações na Lava Jato de modo
a condenar adversários políticos, esta informação recente do “Valor” enterra de
vez a Operação Lava Jato no terreno do mais brutal jogo de interesses pessoais
e contorções jurídicas, bem distante dos ideais de Justiça que devem orientar
toda e qualquer investigação.
Curioso é perguntar como
fica o povo brasileiro diante desta nova revelação: delações premiadas foram
compradas e no entorno da Lava Jato ninguém sabe o que mais se vendeu e se
comprou.
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