Jair Bolsonaro
reagiu com ironia nesta terça-feira (28) ao pedido feito na véspera pelo
governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para que ele lidere um pacto em
defesa do emprego no país após o impacto econômico provocado pela pandemia de
Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
O governador
maranhense manifestou-se após declaração do secretário de Política Econômica do
Governo Federal, Adolfo Sachsida, alertando que o desemprego, que ficou em
12,9% em junho, irá crescer ainda mais no segundo semestre
“Governador agora
quer que eu faça um pacto pelo emprego, mas ele continua com o Estado fechado”,
disse Bolsonaro a apoiadores na manhã desta terça-feira ao deixar o Palácio da
Alvorada sem citar nominalmente o governador do Maranhão e referindo-se à
medidas de distanciamento social adotadas para frear a disseminação do vírus,
alvos constantes de críticas do presidente.
A conversa foi
transmitida na internet por um dos canais bolsonaristas que acompanham esses
encontros.
Na segunda-feira,
Dino enviou uma carta a Bolsonaro sugerindo uma reunião com os governadores e
presidentes de confederações empresariais e de centrais sindicais para que seja
construído um “pacto nacional pelo emprego”. Segundo o governador, a epidemia impôs
“desafios sem precedentes a governantes de ordem humanitária, sanitária e
econômica”.
Um dos governadores
mais críticos de Bolsonaro, Dino cita na carta o cenário previsto pelo
Ministério da Economia em que se antecipa um aumento da taxa de desemprego e
diz que é preciso planejar com urgência medidas para evitar esse cenário.
O Maranhão foi o
primeiro Estado a decretar lockdown total na zona metropolitana de sua capital,
São Luís, para evitar o colapso do sistema de saúde. Nesse momento, no entanto,
o Estado está em abertura parcial e com queda no número de casos.
Portal 247
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