
O governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), afirmou em entrevista a Plínio Teodoro e Cristina Coghi no
programa Fórum Café nesta quinta-feira (3) não acreditar que Ciro
Gomes possa participar de uma aliança de centro-direita para as eleições de
2022, como declarado por Fernando Haddad (PT) ao Fórum Onze e
Meia desta quarta-feira (2).
Para o governador maranhense, 2022
será um dos anos mais difíceis da nossa história recente e, para enfrentá-lo,
será necessária uma aliança ampla progressista. “É falacioso dizer que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT acabaram. Assim como também é
errado achar que Ciro Gomes não é importante nesse processo.”
O governador disse ainda que “a
campanha de Guilherme Boulos (PSOL-SP) promoveu uma aliança ampla interessante
em São Paulo. A sua votação foi exatamente igual a de Fernando Haddad para a
Presidência. Manuela D’Ávila em Porto Alegre foi outra boa surpresa, que quase
ganhou”.
Para ele, “essas lideranças novas têm
que se somar aos mais experientes, como Lula e Ciro”. “Ninguém descarta as
antigas lideranças em lugar nenhum do mundo. Temos que, eventualmente fazer
prévias entre nós. Temos que mobilizar a sociedade e ver quem ganha. Eu faço
campanha para qualquer um do nosso campo. É importante isso para proteger o
país. Nós não aguentamos mais quatro anos de bolsonarismo.”
Sobre o fato de ser candidato à
presidência, liderando essa frente ampla progressista, Dino disse que “seria
uma honra eu ser candidato, agora sei muito bem, embora eu ainda me considere
impregnado dos valores da minha juventude que isso não é um projeto individual.
Eu não nutro esse tipo de ambição. O Haddad teve no Maranhão a segunda maior
votação do País. Eu me dediquei à campanha. Eu não fui descansar, eu fui pra
rua. O PT sabe disso. Eu sabia que o governo Bolsonaro ia ser um caos, mas
cometi um erro. Ele conseguiu ser pior do que eu jamais imaginei que seria”.
“É esse desastre que a gente tem que
sublinhar para assinalar a irresponsabilidade que é nos não nos juntarmos para
derrubar isso (a reeleição de Bolsonaro)”, concluiu. Da Revista Fórum.
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