Vivemos nesta semana um dos dias mais aguardados
pela população brasileira: o início da vacinação contra a Covid-19. Por óbvio,
queríamos estar celebrando esta data há mais tempo, mas, infelizmente, o
discurso negacionista sobre a pandemia produz desastres, a exemplo do atraso da
vacinação em todo o Brasil. Não podemos dizer que já temos uma Campanha
Nacional de Vacinação. Isso só ocorrerá quando houver certeza sobre novas
etapas, com quantidades e datas claras. Contudo, a incompetência nas relações
internacionais colocou o Brasil às margens das negociações no que tange à
corrida pela obtenção das vacinas em quantidade necessária ao país. A
diplomacia brasileira, que era respeitada no mundo, tendo nos BRICS um dos mais
importantes pilares da política externa, foi substituída por uma submissão
absurda aos Estados Unidos, sem nenhum proveito à nossa Nação. Agora,
precisamos de insumos e vacinas exatamente de países dos BRICS: China, Índia e
Rússia. Ou seja, a ideologia extremista de Bolsonaro está implicando o pagamento
de um alto preço pela população, como lamentavelmente estamos vendo com mortes,
sofrimentos e caos econômico.
Os governadores continuam atuando unidos em busca
de soluções. É fundamental que o Brasil adote todas as possibilidades de
importação de imunizantes, mas muito especialmente que viabilize a fabricação
de vacinas no nosso território. Para tanto, que sejam utilizadas todas as
nossas estruturas científicas, a exemplo do Instituto Butantan e da Fiocruz,
além de diversos laboratórios privados que dispõem de capacidade técnica para
essa produção em caráter de urgência. Mais que um Plano Nacional de Imunização,
é imperativo que se estabeleça um programa nacional de produção de
imunobiológicos, haja vista a realidade continental do país.
Cito o médico João Baptista Risi Júnior, uma das
maiores autoridades em epidemiologia do Brasil, ao afirmar que a escala da
necessidade vacinal brasileira é muito significativa para que se dependa da
oferta do mercado internacional, além de ser indispensável o controle nacional
de qualidade dos produtos utilizados nas vacinas que compõem o plano de
imunização no Brasil.
A nossa realidade atual é a contínua batalha pelo
recebimento de mais doses das vacinas já aprovadas pela Anvisa. Não
descansaremos enquanto não pudermos garantir a cobertura vacinal dos públicos
prioritários do Maranhão, com maior brevidade. Esta semana, em um esforço
logístico inédito, conseguimos entregar as primeiras 164 mil doses recebidas
aos 217 municípios maranhenses, em apenas 36 horas. Uma força-tarefa
gigantesca, que contou com a ação de 3 aviões, 3 helicópteros e de 30
automóveis, combinando o transporte por terra e ar para fazer chegar as vacinas
e as seringas e agulhas, o mais rápido possível ao povo maranhense.
Prosseguiremos, nos próximos dias, com semelhante ação de distribuição, tão
logo recebamos os novos lotes do Ministério da Saúde.
Reforço que não temos medido esforços para proteger
a saúde e a vida da nossa população. Por isso, reitero o pedido de que todos
continuem contribuindo com o combate ao coronavírus, adotando todas as medidas
sanitárias necessárias à prevenção, como uso de máscaras, higienização das mãos
e respeito ao distanciamento social. Essa é uma batalha que precisamos lutar
juntos, cada um fazendo a sua parte. Tenho fé que venceremos!
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