Cuidar das pessoas perpassa por diversos aspectos
fundamentais à manutenção da vida. O momento extremo que enfrentamos, de grave
crise sanitária e baixa garantia de direitos constitucionais por parte do
Governo Federal, nos exige trabalho redobrado. Como proteger a saúde em meio ao
dramático cenário de vulnerabilidade social em que falta até o alimento na
mesa? O auxílio emergencial, salvaguarda da alimentação básica de milhares de
brasileiros, foi suspenso de modo absurdo. E há muita lentidão na retomada, em
meio a dogmas fiscalistas desalinhados com a realidade e com as melhores
práticas internacionais.
No Maranhão, definimos a segurança alimentar como
prioridade. Ampliamos a rede estadual de Restaurantes Populares passando de 6
para 54 unidades instaladas em todas as regiões do estado, 11 delas inauguradas
ao longo de 2020. O serviço é supervisionado por nutricionistas, assegurando
alimentação saudável e nutritiva, a preço simbólico. E fizemos todo o possível
para não suspender o fornecimento das refeições em meio à pandemia, inclusive
adotando o uso de embalagens descartáveis para que o consumo fosse feito nas
residências, evitando riscos de contágio. Assim, superamos 6 milhões de
refeições servidas no último ano. Destaco que 27 de nossos Restaurantes Populares
estão instalados em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Com essa rede de restaurantes, apoiamos também a
produção familiar nos municípios ao garantir que, pelo menos, 30% dos produtos
sejam adquiridos diretamente da agricultura local, unindo geração de renda e
qualidade alimentar ao nosso povo.
Outra iniciativa foi a criação do primeiro Banco de
Alimentos do Maranhão, responsável pela coleta, seleção e distribuição de
alimentos que seriam desperdiçados em feiras, mercados e centrais de
abastecimento. Os produtos são doados por parceiros e encaminhados para
instituições que fazem o alimento chegar à mesa de pessoas em situação de
vulnerabilidade alimentar e social. Em um ano e meio de funcionamento, já
doamos mais de 250 toneladas de alimentos, evitando desperdício e ofertando
comida de qualidade a 10 mil pessoas, por meio de mais de 50 entidades sociais.
Na última quarta-feira, avançamos na política de
segurança alimentar combinada com geração de trabalho e renda. Por meio do edital
Compras Solidárias, investimos R$ 1 milhão em 8 toneladas de alimentos
regionais oriundos de produtores familiares para doação pelo Banco de
Alimentos. Dentre os produtos, os nossos tradicionais óleo de babaçu, doce de
caju, farinha d’água, tapioca, mel e outros. A ação gera benefício duplo: para
quem produz e para quem recebe.
Sublinho que seguimos com a distribuição de cestas
básicas para a população em maior situação de carência. Nas próximas semanas,
chegaremos a 400 mil cestas entregues, em domicílio, pelo nosso Corpo de
Bombeiros, a quem agradeço imensamente a dedicação e superação de dificuldades
sob sol ou chuva, para chegar a quem mais precisa.
Manteremos, firmemente, as diversas ações em curso
que visam à garantia da manutenção da saúde e de vidas. Ao máximo possível,
seguiremos agindo para reduzir os preocupantes efeitos sociais derivados
diretamente da crise histórica que o Brasil atravessa. No Maranhão tem governo.
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