JM Cunha Santos
O
Maranhão registrou 30 mortes por covid-19, conforme boletim da Secretaria de
Estado da Saúde divulgado nesta segunda-feira, 22. Destes óbitos, 8 ocorreram
nas últimas 24 horas e os restantes 22 em semanas e dias atrás. Permanece,
assim, entre os 3 estados em estabilidade e o primeiro do país com menos mortes
pela doença.
É,
apesar de toda dor e possibilidade de oscilação para cima, um sinal de
esperança, que corrobora a determinação do governador Flávio Dino que tem como
foco principal salvar vidas, a despeito da lógica genocida do governo
Bolsonaro. Diferente de estados como São Paulo que nas últimas 24 horas registrou
1021 mortes, uma a cada 85 segundos e Rio de Janeiro que registrou 231 óbitos,
maior número desde junho do ano passado.
Esse
sinal de esperança é uma mostra de que o distanciamento social é o melhor
remédio contra a pandemia, um aviso de que não podemos nos permitir afrouxar as regras
laboradas pela Ciência. Temos, ainda, que evitar aglomerações, usar máscaras e
atender a todas as exigências das medidas restritivas decretadas pelo governo, principalmente
as que restringem a circulação de pessoas. Afinal, o número de casos da doença
cresce praticamente em todos os municípios do Estado.
Os
hospitais do Estado continuam atuando no limite da ocupação dos leitos de UTI,
a despeito dos 799 leitos novos implantados pelo governo do Estado e dos 279
que o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo Bolsonaro a enviar para o
Maranhão.
Ressente-se
o Maranhão ainda da falta de leitos, da escassez de oxigênio, de insumos
básicos para a intubação e, aqui, como de resto em todo o país, os
profissionais da saúde se tem por esgotados física e psicologicamente, no travar
da batalha mais estafante de suas vidas e que já dura mais de um ano.
Em
suma, ainda corremos todos nós riscos de morte diante de uma pandemia impiedosa
que parece ter aliados no Palácio do Planalto e reservou sua fase mais crítica
para o Brasil.
“As
próximas semanas serão ainda piores diante do quadro que a gente tem hoje. A
gente tem hoje o pior momento no enfrentamento da pandemia em um ano”, disse o
secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, revelando o temor de que falte
medicamentos para intubação.
De
forma que, se não afrouxarmos as rédeas do combate ao coronavírus, pessoa por
pessoa, cada autoridade posta, até que se conclua a vacinação, poderemos alcançar
bons resultados no combate a esse mal do século. O contrário disso, será um desastre
ainda maior do que o que estamos vivendo agora.
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