sábado, 10 de abril de 2021

Uma CPI só não basta, três não são demais; o mundo inteiro pede o impeachment de Bolsonaro

Com Lula livre para se candidatar, o destino de Jair Bolsonaro é assar nas torradeiras da opinião pública até 2022.

JM Cunha Santos




O jornal inglês The Guardian, fazendo coro aos principais jornais do planeta, como The New York Time, Washington Post, Le Monde e El País, foi incisivo e irretocável: “Bolsonaro é um perigo para o Brasil e para o mundo”.

E é no momento em que a popularidade do presidente desce a Cordilheira dos Andes, batendo quase 60 % de desaprovação, que o Senado da República vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a atuação do governo federal no combate à pandemia de covid-19.

Essa nova CPI significa, no mínimo, mais desgaste do presidente e seu séquito, com grave exposição da atarantada e irresponsável atuação do presidente diante da crise sanitária no Brasil.

O governo Bolsonaro quase provocou o rompimento das relações do Brasil com a China, nosso principal parceiro comercial, irritou vários chefes de Estado e retardou o quanto pode a chegada de vacinas ao país. Fez o que pode para que a Coronavac não estivesse aqui e trabalha agora para impedir que os estados do Nordeste tragam a Sputinik V para o Brasil.

O governo vai ter que explicar sua omissão diante do colapso nos sistemas de saúde dos estados do Norte, Bolsonaro vai ter que somar suas culpas por conta de aglomerações por ele provocadas, estímulo a invasões de hospitais, guerra contra o distanciamento social e contra o uso de máscaras e como isso contribuiu para mais de 340 mil mortes por covid-19 no território nacional.

Tamanha exposição deve abalar ainda mais sua imagem corroída e terá que enfrentar os depoimentos de Luis Henrique Mandetta e Nelson Teich, ministros da saúde demitidos por não concordarem com suas teses delirantes.

Bolsonaro será cada vez mais um refém do Centrão, que só o abonará até o limite da lealdade comprada. Embora esse grupo de deputados e senadores tenha fulminado a CPI das Fake News, que apurava a produção e propagação de notícias falsas nas redes sociais, seus deputados e senadores, em nome de nada, não vão continuar dando sustentação política ao pior governo do mundo num ano pré-eleitoral, arriscando seus mandatos. Nem por outros R$ 400 bilhões.

Só por sugestão, cabe ainda uma terceira CPI; uma que apure as relações de membros do governo e aproximados com supremacistas e milicianos. Afinal, quem mandou matar Marielle Franco? E a morte de Adriano de Nóbrega, chefe do “Escritório do Crime”, uma convenção de assassinos de aluguel, foi por confronto com a PM da Bahia ou foi queima de arquivo? Quem financiava a extremista e supremacista Sara Winter em seus ataques às instituições públicas?

Com Lula livre para se candidatar e refeito da inominável injustiça cometida contra ele pelo desprezado Sérgio Moro, o destino de Jair Bolsonaro é assar nas torradeiras da opinião pública até 2022. Ninguém aqui o quer mais na Presidência do Brasil, (só os pastores do capeta) nem os muçulmanos, país nenhum, em nenhum continente; ele só não renuncia porque ainda sonha com um sangrento golpe de Estado.

Que as Forças Armadas garantem que não vai acontecer.

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