Percebem-se também insatisfações no “Cidadania” de Eliziane Gama e o deputado Bira do Pindaré (PSB) avisa que acompanhará a liderança do governador na escolha do candidato.
JM
Cunha Santos
Não
se joga xadrez com pressa, principalmente o xadrez político. Alguém pode cair
do Cavalo e o peão aproveitar para derrubar o Rei.
Há
movimentos demais no grupo político do governador Flávio Dino antecipando a batalha
eleitoral de 2022 em plena pandemia, quando também o Maranhão quebra recordes
de morte e infecções pelo coronavírus. E ninguém foi perguntar ao dono do
tabuleiro se ele também quer jogar nem qual é a hora do jogo.
Weverton
Rocha (PDT) entope a mídia e engole pequenos partidos com uma gula de fazer
inveja a halterofilistas. Recentemente lhe anunciaram apoio a dona do
Cidadania, Eliziane Gama e o dono do Republicanos, lances de que se aproveitam
os adversários do governador para anunciar um racha nas bases de sustentação do
Governo, movimentos articulados junto às direções nacionais desses
“partidecos”, que quase nada ou coisa nenhuma sabem da realidade política do
Maranhão.
E
já começaram a jogar errado. Na ganância de alinhavar o Republicanos (e apenas
alinhavar, porque não tem mais nenhum peso político) às hostes de Weverton
Rocha, o que conseguiram foi trazer para o PSDB do vice-governador Carlos
Brandão dois quadros de grande força eleitoral: Duarte Júnior, que passou para
o segundo turno nas eleições de São Luís e Fábio Gentil, prefeito de Caxias.
Na
pressa de posar de candidato imbatível para a mídia, quando ainda nem foi
escolhido o candidato, Weverton Rocha e Luciano Leitoa anunciaram a adesão do
PSB à candidatura do PDT. Ouviram do presidente do Diretório Municipal do PSB,
deputado federal Bira do Pindaré, que
acompanhará a liderança do governador Flávio Dino na escolha do candidato e que
o chefe do Executivo maranhense comandará e construirá a unidade.
Mesmo
no “Cidadania”, onde Eliziane Gama reina absoluta, já existem descontentes com
os movimentos atabalhoados da deputada evangélica. E se Bira do Pindaré deixar
o PSB, o que é de todo improvável, mas não impossível, o partido se estiola no
Maranhão.
São
situações que podem ser prenúncio de uma debandada geral nos partidos, posto
que essas decisões são tomadas de cima para baixo, sem consulta às bases, sem
ouvir ninguém.
Bira
do Pindaré acrescentou ainda: “Nós estamos respeitando e vamos acompanhar a
liderança do governador. Caberá a Flávio Dino construir a unidade entre os
grupos de Carlos Brandão e Weverton Rocha”.
Mas
dá para sentir que da parte de Weverton Rocha não haverá unidade. A mídia o faz
se sentir campeão antes do jogo começar; se depois despencar da Torre, não
adianta ir reclamar com o Bispo.
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