![]() |
Foto: Karlos Geromy |
O governador Flávio Dino participou de debate
virtual da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado Federal, que discutiu as
dificuldades enfrentadas pelos estados na pandemia. O evento, realizado na
manhã desta segunda-feira (10), tratou ainda do estágio da pandemia, progresso
do cronograma de vacinação e compra de vacinas de maneira descentralizada por
estados e municípios.
Flávio Dino iniciou sua fala destacando três pontos
que considera essenciais no que refere à pandemia no Brasil. Primeiro, citou a
assistência hospitalar. “Tivemos uma diminuição da demanda sobre o sistema
hospitalar”, divulgou o governador. O Maranhão chegou à ocupação de leitos de
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 95% e agora está em 67%; os leitos
clínicos, que pontuaram 90%, estão atualmente em média de 46%. “Verificamos no
Maranhão, queda substancial da ocupação hospitalar e, assim, pudemos voltar a
realizar cirurgias que estavam suspensas”, explica Dino, citando as cirurgias
ortopédicas que agora serão retomadas.
O governador pontuou o “exaurimento dos recursos
financeiros dos estados e municípios”. Antes da pandemia, a rede hospitalar
custava R$ 170 milhões por mês e subiu para R$ 230 milhões. “Ampliamos leitos e
aumentos as equipes para atendimento dos casos de Covid-19, o que impacta nos
custos”, ressalta. Dino frisou que o momento é de menor tensão, mas não deve
levar ao relaxamento das normas de combate à doença.
Em segundo lugar, prevenção e medidas
não-farmacológicas. “Esta, desde o início, é a principal dificuldade, pela
distensão política que foi causada no país. Destaco a necessidade de que,
juntos, possamos sublinhar que, mesmo sem medidas restritivas exacerbadas,
tenhamos o distanciamento social e consigamos manter uma atitude vigilante”,
aponta Flávio Dino, citando atitudes de representantes do governo federal, que
põem em risco essa manutenção e incitam negativamente a população.
Em terceiro, Flávio Dino tratou da vacina e
destacou as dificuldades progressivas na produção de vacinas no Brasil.
“Produção baixa, falta de insumos e nosso país está abaixo de praticamente
todos da Europa na vacinação”, acrescentou. O governador ressaltou que é
preciso debater a manutenção da diplomacia com países que produzem vacinas e
insumos, que pode impactar no ritmo de vacinação no Brasil; e observar a
legislação que permite estados e municípios na compra de vacinas.
O governador lembrou que, até o momento, espera-se
avaliação da Anvisa sobre solicitação dos governadores, cujo processo se
encontra no Supremo Tribunal Federal (STF). “Este é o panorama da vacinação,
que está em um ritmo muito baixo, aquém daquilo que o país precisa. Estamos num
momento de melhor controle do coronavírus, mas conseguimos ainda ver o que
desejamos: a erradicação da doença, que é o escopo de qualquer campanha séria
na vacinação”, concluiu Flávio Dino.
Participaram do evento, os governadores Wellington
Dias (Piauí) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul); Gean Loureiro, prefeito
de Florianópolis e presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades
Brasileiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário