JM Cunha Santos
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A
Rede Globo está dedicando quase a totalidade do espaço de seus telejornais à
chamada CPI do Genocídio (ou da pandemia) que apura a responsabilidade
escancarada do presidente Jair Bolsonaro na tragédia de mais de 428 mil mortes
por covid-19 até agora.
São
tragédias que se repetem de ponta a ponta do Brasil e que se juntam a outras,
como a chacina da Favela do Jacarezinho na qual a polícia, confundindo operação
policial com operação de guerra, deixou para trás 28 cadáveres, de 28 alguéns,
uma coisa sem nenhuma explicação plausível do ponto de vista da segurança
pública.
À
tragédia da covid-19 nos lares brasileiros, junta-se a tragédia de uma lei
ambiental em gestação cujo propósito mais visível é facilitar a movimentação de
madeireiros, grileiros e empresas agropecuárias, ou seja, a floresta vai
continuar torrando e desabando até que não haja mais por lá nenhum pé de nada,
em gigantesco contributo para o aumento da violência no campo, outra catástrofe
a atormentar o Brasil.
Na
Comissão Parlamentar de Inquérito, o ex-secretário de Comunicação do governo
Bolsonaro, Fábio Wajngarten mentiu tanto, trocou tanto suas primeiras verdades,
que deixou a impressão de que se escondia de alguma ameaça da qual não temos
conhecimento.
E
a CPI segue seu rumo incerto, com senadores se tratando por ladrões e
vagabundos na demolição de um decoro parlamentar que, a essas alturas, ninguém mais
tem certeza se já existiu.
A
CPI segue seu rumo e a covid-19 também matando aos milhares, a cada dia, a cada
hora, a cada minuto, fazendo deste um país de destino imprevisível.
O
som dos aparelhos de TV anunciando tragédias letais já começa a ficar
insuportável para quem sonha com o que fomos e com o que queremos ser. Deste
lado do sofrimento, que é bem maior, ouvimos as sandices pronunciadas a todo o
momento por Bolsonaro e seu séquito contra os chineses e nos perguntamos o que
poderá acontecer se os asiáticos decidirem reter os insumos para fabricação de
vacinas destinados ao Brasil. Insumos que aguardam em algum lugar entre a
boçalidade diplomática oficial e o direito à vida até que decidam se ainda
devem envia-los para salvar vidas neste país.
O
Brasil está parando economicamente, o Brasil está morrendo, enquanto o Senhor
Jair Bolsonaro não se decide se quer ser um comandante de tropas em guerra
contra seu próprio povo ou quer governar.
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