Editorial
JP, 2 de julho
Provavelmente
é um exagero dizer que o comunismo é o enigma da História resolvido. Mas no
particular caso desse Estado, mesmo sem a adoção do regime, e em apenas seis
meses, os comunistas no poder resolveram o formidável enigma da corrupção
escalavrada que por quase 50 anos debilitou economicamente o Maranhão. A
irrupção espontânea de um novo modelo político em substituição ao sarneisismo,
por absoluta decisão das massas, deu passos impressionantes para anular a ação
dos grupamentos corruptos que expropriavam ao povo qualidade de vida,
desenvolvimento e alegria de viver.
Bastaram
seis meses para que o governo Flávio Dino sufocasse a agiotagem nos cofres
públicos, desmantelasse propinodutos carcomidos, desse combate ao crime
organizado, estancasse uma colossal avalanche de privilégios e, praticando
histórica inversão de prioridades, redirecionasse ao Estado o esquecido contrato
social entre povo e governo sobre o qual, ainda na Idade Média, discorria
majestosamente Jean Jacques Rousseau.
E
essa desconhecida presença da moralidade na administração pública provocou, de
um lado, reações furiosas de indolentes apaniguados e, de outro, o espanto
superior e positivo que hoje garante ao governador Flávio Dino a aprovação de
quase 75 % da população.
Programas
sociais como Mais IDH, Água Para Todos, a readequação funcional dos servidores
públicos a partir de reajustes em índices inesperados, como no caso dos
professores e policiais, incentivos à produção, redução de impostos e outros
estímulos ao empreendedorismo que garantiram 11.658 novos negócios no Estado,
apesar da crise econômica vivida no país, fazem retornar ao povo a esperança
que o patrimonialismo político tomou.
Para
usar uma imagem criada pelo próprio governante, tinha jabuti demais roendo
recursos públicos nas árvores do Palácio dos Leões. Tinha jabuti na árvore da
segurança pública, do Detran, na árvore da Educação, na árvore da Saúde, em
dezenas de prefeituras assaltadas pela agiotagem. Tinha jabuti até em plantas
menores, como as do Univima, da Empresa Maranhense de Administração Portuária –
Emap que saiu do prejuízo para 1.000 % de lucro assim que de lá retiraram os
jabutis.
Esses
animais se espalharam como praga e estavam roendo até os arbustos, como a
Fundação da Memória Republicana, onde comeram tudo e não deixaram nada para
ninguém. Jabutis treparam também na Secretaria da Cultura e a diversidade
cultural maranhense, de riqueza turística e histórica passou a riqueza de uma
meia dúzia de jabutis.
Retirando
um jabuti aqui outro ali sobrou dinheiro para reconstruir o contrato social com
uma população desesperançada e até então indignada com a corrupção
institucional que degradava o Maranhão. Sobrou dinheiro para construir com a
Prefeitura uma parceria pela pavimentação de São Luís, para poços artesianos,
para a revitalização do Italuis, para pavimentação em pelo menos 20 municípios.
E
os donos dos jabutis se descabelam furiosos, pois não mais encontram meios de
transferir o dinheiro do povo para paraísos fiscais.
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