A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (25), na cidade
de Rosário, a Operação “ASAS” com o objetivo de combater a caça ilegal em Área
de Soltura de Animais Silvestres utilizada pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para quarentena, triagem e
reabilitação de animais apreendidos com o objetivo de retorno à natureza.
Cerca de 30 policiais federais, em trabalho conjunto com servidores do
IBAMA, cumprem seis mandados de busca e apreensão na residência de caçadores da
região com o objetivo de reunir provas da atividade cinegética, e,
eventualmente, prender em flagrante quem estiver de posse de arma de fogo sem
autorização legal e possuir em cativeiro animal silvestre sem autorização do
órgão competente.
Em 2009, a Operação Oxóssi, que atuou em nove Estados da Federação,
desarticulou uma organização criminosa internacional de tráfico de animais
silvestres. Na ocasião, duas pessoas foram presas no Maranhão, e responderam
por crime ambiental, receptação, contrabando e formação de quadrilha. Os homens
eram responsáveis pela venda de animais silvestres no exterior e para o
comércio em feiras do Rio de Janeiro. No Maranhão, saíam principalmente aves
silvestres.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil, o Brasil
possui um grande comércio interno de animais, que sustenta os traficantes que
agem no país e servem como intermediários para os traficantes internacionais.
Há pesquisas que apontam que o comércio ilegal de animais movimenta cerca de 10
bilhões de dólares por ano em todo o mundo.
O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa
com maior movimentação financeira, perdendo tão-somente para o tráfico de
drogas e o comércio ilícito de armas e munições.
A principal rota do tráfico de animais silvestres no Brasil começa nas
regiões Norte e Nordeste, com a retirada de espécies da natureza, e segue até o
grande mercado consumidor da fauna no país, a região Sudeste.
De acordo com dados do Ibama, os estados brasileiros onde ocorre a maior
parte das capturas de animais são: Maranhão, Bahia, Ceará, Piauí e Mato Grosso.
Já os estados com o maior mercado consumidor são: Minas Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro. O instituto também aponta que, no Brasil, as aves são as mais
comuns em apreensões de tráfico. (TV Guará)
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