O casal
suspeito de envolvimento no desaparecimento e morte da adolescente Vitória
Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, foi preso pela Polícia Civil, na casa onde
mora, no bairro Três Lagoinhas, em Mairinque (SP), na manhã desta sexta-feira
(29).
A dupla foi levada para a delegacia da cidade, onde
deve prestar novos depoimentos. De acordo com a polícia, os dois já têm
histórico criminal, sendo a mulher por roubo e o homem por tráfico de drogas.
O casal, Maiara Borges e Bruno Marcel de Oliveira,
já foi ouvido outras vezes durante a investigação como testemunha e nega o
envolvimento no crime. O advogado da dupla não foi encontrado.
Durante a manhã, policiais fizeram buscas na casa
deles, inclusive, com cães da equipe do canil da Guarda Municipal de Itupeva,
que ajudou durante a procura pela garota.
Com a prisão temporária deles, já são três os
detidos por suspeita da morte de Vitória Gabrielly.
O casal foi apontado pelo servente de pedreiro
Júlio César Lima Ergesse, que foi indiciado por
homicídio doloso na quinta-feira (28), como responsável por
transportar a menina em um carro no dia em que ela saiu
para andar de patins e desapareceu em Araçariguama.
O corpo da adolescente foi
encontrado oito dias após o desaparecimento, às margens de uma
estrada rural, no bairro Caxambu, ao lado dos patins e vestindo as mesmas
roupas que a menina estava quando saiu de casa.
O servente de pedreiro, que mora em
Mairinque, testemunhou que esteve
com a menina e deu seis versões
diferentes sobre o caso. Ele contou à polícia que os quatro
viajavam juntos no veículo, até que ele foi deixado em uma rua e o casal seguiu
em frente com a menina.
Durante as investigações, a dupla foi ouvida várias
vezes e sempre negou a versão dizendo que nunca esteve com a menina. O carro
deles passou por perícia, mas, como nenhuma evidência foi encontrada, os dois
tinham sido liberados. A polícia não deu detalhes sobre a prisão do casal.
Identificação de placa
Os policiais envolvidos na investigação tentam identificar a placa
de um veículo que aparece nas imagens de uma câmera de segurança
próxima ao local do crime e que pode ter transportado Vitória.
Três carros já foram vistoriados e os policiais
também analisam mais de 300 horas de gravações de câmeras de três rotas
diferentes que levam ao local onde ela foi vista pela última vez andando de
patins.
Segundo informações apuradas pela TV TEM, os investigadores têm as três letras e dois
números da placa do automóvel e, a partir de combinações, vão tentar cruzar
informações para chegar até o carro suspeito.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado
na terça-feira (26), confirmou que a adolescente morreu por asfixia por
estrangulamento e que ela tentou se defender
antes de ter sido assassinada.
Análise do material
Os três suspeitos já passaram pelo Instituto Médico
Legal (IML), na semana passada, para a coleta de material
genético. Também foram colhidas amostras de galhos de árvores do
local onde o corpo de Vitória foi encontrado.
A roupa da menina e os cadarços dos patins foram
enviados ao Instituto de Criminalística, em São Paulo, para serem averiguados.
Os celulares dos pais, da
madrasta e de outras testemunhas também foram apreendidos pela
polícia. Mais de 70 pessoas já foram ouvidas até agora.
As primeiras provas colhidas pelos peritos do
Instituto de Criminalística indicam que Vitória tinha
uma meia na boca. De acordo com a Polícia Civil, a principal linha de
investigação é de execução por vingança.
A Secretaria de Segurança Pública divulgou
que está oferecendo uma
recompensa de até R$ 50 mil para quem tiver informações que
possam ajudar a desvendar o caso.
(Por G1
Sorocaba e Jundiaí)
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