terça-feira, 13 de outubro de 2009





Deputada Helena Heluy sugere homenagem a dom Hélder Câmara


Da Assecom / Gab. da dep. Helena Heluy



                           Deputada  Helena  Heluy         


Em requerimento, a deputada Helena Barros Heluy (PT) sugere que a Assembléia Legislativa homenageie o centenário de Dom Hélder Câmara com realização de uma sessão solene, em dezembro próximo. Conhecido como o Profeta da Justiça e da Paz, Dom Hélder tornou-se o símbolo da luta e do respeito pelos direitos humanos no Brasil.


A parlamentar deu entrada em requerimento à Mesa Diretora do Legislativo sugerindo o dia 10 de dezembro para a solenidade, por ser também o aniversário de 61 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No requerimento, a deputada Helena salienta que o centenário de Dom Hélder é celebrado no país como data emblemática da consolidação da democracia e dos direitos do povo brasileiro, conquistados pela luta incessante de homens e mulheres que abraçaram essa causa.


A sugestão da parlamentar petista é que sejam convidados para a sessão solene o coordenador da Pastoral Carcerária do Ceará - padre Marcos Passerini, o bispo da Igreja Anglicana de Recife - Dom Sebastião Gameleira, e o membro da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de São Luís – Roberto Gurgel, que, em suas exposições, falarão sobre o exemplo de vida e doação de Dom Hélder na busca de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna. Também devem ser convidadas autoridades eclesiais, civis e militares, além de movimentos sociais que militam na causa dos direitos humanos.


Quem foi e quem é Dom Helder Camara?


Chamado, entre outros nomes de Dom da Paz, Bispo dos Pobres, Arcebispo dos Favelados, Bispo Vermelho e Profeta do Terceiro, Dom Hélder nasceu em 07 de fevereiro de 1909, em Fortaleza (Ceará), foi arcebispo de Olinda e Recife, ordenado sacerdote aos 22 anos, foi transferido, em 1936, para o Rio de Janeiro, onde continuou sua ação apostólica no campo social e educativo.


Sua marca pessoal era o espírito irrequieto, idealizador e combativo que o instigou a estruturar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), antes mesmo se tornar bispo. Depois, ajudou a criar o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). Com um carisma especial pelos pobres, iniciou, em 1956, a Cruzada São Sebastião dedicada aos favelados do Rio de Janeiro. Em 1959, fundou o Banco da Providência, para atender aos mais carentes e excluídos do Rio. A liderança em favor dos mais desprotegidos levou a Igreja, em 64, a nomeá-lo arcebispo de Olinda e Recife, onde encontraria um imenso campo para a sua luta contra as violências de opressão do ser humano.



Durante a ditadura militar, denunciou ao mundo as torturas e desrespeitos aos direitos humanos cometidos pelo regime militar no Brasil, e, não fosse a intervenção de Dom Paulo VI, teria sido preso. Não escapou, porém de sofrer com a prisão, tortura e assassinato do padre Henrique Dias, filho espiritual, morto por milicianos contratados.


Em Recife, abriu o Instituto de Teologia do Recife (ITER), com uma metodologia nova para a formação dos futuros padres e líderes da Igreja: uma teologia viva e libertadora, segundo o espírito do Vaticano II.

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