quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mantega nega que capitalização da Petrobras valorize mais o real

SOFIA FERNANDES

Colaboração para a Folha Online, em Brasília

          

                                                         Ministro da Fazenda, Guido Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o país aplicará os recursos de acionistas estrangeiros na capitalização da Petrobras em reservas internacionais, com o intuito de controlar o fluxo de dólar para o país.

Mantega disse que o Banco Central comprará esses recursos e aplicará nas reservas, mas não deixou claro como a operação será feita após a criação do Fundo Social. A ideia da criação do fundo é de administrar e investir o dinheiro do pré-sal, e usar os rendimentos das aplicações em áreas sociais, como educação, cultura e proteção ao ambiente.

"Aquele perigo que a gente imagina de valorizar mais o real não existe porque esse recurso será retirado do mercado assim que ele entrar. Então ele não vai pressionar o câmbio", afirmou.

O ministro informou hoje que, hipoteticamente, a capitalização da estatal será de US$ 50 bilhões, considerando o valor do barril de petróleo não extraído a US$ 10. A União, contando com o BNDES, terá direito a aproximadamente 40% da capitalização, e os acionistas minoritários, 60%.


IOF

O ministro afirmou que pode pensar em medidas complementares adicionais à cobrança de IOF para conter o fluxo de dólar no país.

"Acabamos de lançar a medida, temos que observar sua repercussão, acreditamos que será positiva, que nós vamos alcançar os objetivos que estão estabelecidos. Isso não impede que possamos pensar em medidas complementares adicionais", disse.

Mantega afirmou que é mais fácil tributar o capital na entrada, e que é improvável que esse ponto seja alterado. Ele esteve hoje em audiência pública na comissão especial da Câmara que trata do projeto de capitalização da Petrobras.

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