A barragem
JM Cunha Santos
Figuras de proa do sarneisismo começam a respirar com muita dificuldade no governo. Dom Jorge Murad e Luis Fernando Silva ergueram uma cerca elétrica, ao lado de um muro de contenção, rodeado por uma barragem apinhada de casamatas em torno de tudo o que diz respeito ao governo. Cargos, projetos, empreendimentos, programas, obras, serviços estão ficando inacessíveis a muitos que se acostumaram a mamar nas tetas do Poder Executivo. Algumas relações de poder foram simplesmente sufocadas e há nomes demais aguardando no frezer uma vaga na panela de pressão dos cargos isolados.
JM Cunha Santos
Figuras de proa do sarneisismo começam a respirar com muita dificuldade no governo. Dom Jorge Murad e Luis Fernando Silva ergueram uma cerca elétrica, ao lado de um muro de contenção, rodeado por uma barragem apinhada de casamatas em torno de tudo o que diz respeito ao governo. Cargos, projetos, empreendimentos, programas, obras, serviços estão ficando inacessíveis a muitos que se acostumaram a mamar nas tetas do Poder Executivo. Algumas relações de poder foram simplesmente sufocadas e há nomes demais aguardando no frezer uma vaga na panela de pressão dos cargos isolados.
O secretário chefe da Casa Civil, Luís Fernando é acusado todo dia de não receber gente que até então tinha entrada franca nos gabinetes do Palácio dos Leões. O próprio Fernando Sarney que seria, em síntese, o grande responsável pela irmã não ter que enfrentar um segundo turno contra Flávio Dino, estaria descontente. Estão, literalmente, batendo com a porta na cara de seus aliados e dependentes. E pelo que se comenta o deputado Sarney Filho teria até deixado de vir a São Luís.
O massacre midiático ao prefeito João Castelo na TV Mirante já admite a extensão das críticas ao governo do Estado, como no caso da falta de vagas nas escolas do município e do Estado. O jornalista Roberto Fernandes fez críticas nesse sentido e até o deputado federal Gastão Vieira não exime o governo de culpa pelo desastre na Educação, principalmente se o Ministério Público está de olho nas relações incestuosas entre a Seduc e a Fapema. O jornalista Marco D’eça, por assim dizer âncora do jornal O Estado do Maranhão, comentando sobre a frase”O melhor governo de minha vida”, saiu-se com essa: “E o pior, a frase não encontrou referencial concreto no que realmente quis: realizações, mudanças estruturais e sociais que possam reafirmar enunciado tão eloqüente”. Confirma-se, mais uma vez, a inteligência discursiva de Marco D’eça. Texto perfeito e de extrema inteligência. O jornalista disse, da forma mais sutil possível, que o governo não está correspondendo ao que era esperado. Mas porque teria ele dito isto?
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