JM Cunha Santos
Não foi uma nem duas vezes que o Jornal Pequeno chamou a atenção para os abusos nas cobranças de estacionamento em São Luís. Aliás, mais do que abusivas, como quer o deputado Marcos Caldas, é quase certo que essas cobranças são ilegais.
Marcos apresentou na Assembléia projeto de lei que prevê o fim da cobrança de taxa de estacionamento em empresas privadas e instituições. O projeto inclui shoppings centers, hospitais, clínicas, supermercados, aeroportos e rodoviárias. E é de fato surpreendente que o consumidor pague para gastar seu dinheiro em uma empresa privada que já aufere lucros exorbitantes, principalmente os shoppings e monumentais supermercados espalhados na cidade que vendem de tudo que a imaginação humana puder imaginar.
Pagar taxas para fazer compras não é apenas uma ilegalidade, chega próximo a uma aberração do comportamento social. Hoje em dia, como diz Marcos Caldas, cobra-se estacionamento em todo lugar. E ele é pago sob a vigilância de uma segurança privada que muitas das vezes chega a ser ameaçadora.
O parlamentar ainda adverte que nos aeroportos e rodoviárias, seria legal a cobrança do estacionamento por empresas cadastradas na Junta Comercial, o que não é o caso de São Luís.
Mais estranho ainda é pagar estacionamento em clínicas e hospitais. Além de estar com a saúde abalada, a ponto de passar por uma internação ou cirurgia e dispendendo os olhos da cara para curar suas dores nos caríssimos hospitais e clínicas de São Luís, o sujeito tem que aceitar essa extorsão a mais.
Em tempo: é bom lembrar que à boca pequena falam que a família Sarney é sócia de tudo quanto é shopping e hospital particular do Maranhão. A briga, então, não é apenas contra a iniciativa privada, é também contra o Governo.
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