terça-feira, 22 de março de 2011

Bira relembra quatro anos do assassinato de Gerô




Deputado Bira do Pindaré

O deputado Bira do Pindaré lembrou, hoje (22), no plenário da Assembleia Legislativa, o assassinato do cantor, cordelista e compositor Gerô. Por causa da morte do cordelista que o dia 22 de março foi instituído como o Dia Estadual de Combate à Tortura.

O cantor e compositor Jeremias Pereira da Silva, o Gerô, de 46 anos, foi espancado até a morte por policiais militares. O homicídio aconteceu na tarde do dia 22 de março de 2007. Após um ano da morte do cantor, os soldados Paulo e Expedito, junto com o sargento Mendes foram condenados a nove anos e oito meses de reclusão, perdendo ainda o cargo público que exerciam, conforme Lei nº 9.455 de 7 de abril de 1997 (lei da tortura). O processo tramitou na 7ª Criminal, sob comando do juiz José Luís Almeida.

Segundo familiares e amigos de Gerô, dos três condenados o sargento Mendes conseguiu, por meio de recurso, a isenção do crime de tortura e a redução da pena, além da readmissão de seu cargo público, tendo voltado a trabalhar fardado normalmente nas ruas de São Luís. Os outros dois, Paulo Roberto e Expedito, hoje cumprem a pena em regime semiaberto, isto é, apenas dormem no quartel do Comando Geral da PMMA (Calhau) e ainda possuem recursos tramitando na Justiça para tentar reverter a pena que lhes foram dadas.

“E no caso do Gerô, especificamente, foram condenados apenas dois policiais enquanto os outros agentes envolvidos ficaram impunes. Então chamo a atenção para isso em solidariedade ao povo do Maranhão. Quando a gente fala de tortura parece que a gente está, alguém pode pensar que a gente está preocupado com os bandidos, mas na verdade estamos preocupados com toda a população porque qualquer um de nós pode ser vítima como a Tamires, que talvez tenha sido vítima, lá no município de Campestre, de uma prática de tortura”, denunciou Bira

A Assembleia Legislativa promove, hoje às 15:00 horas, no plenarinho uma “roda-viva”, uma discussão sobre a tortura no Estado do Maranhão. “É importante que todos os colegas prestigiem e participem desse debate. E é importante a gente frisar que o tema da tortura, é um tema internacional, é um tema que tem abordagem da Organização das Nações Unidas que reprime a prática da tortura no mundo. O Brasil também tem lei federal que fez do crime de tortura um crime inafiançável”, concluiu.

4 comentários:

  1. Quando agentes do estado fardados de policiais matam um artista e negro a recompensa que o estado dá é a reintegraçao do cargo para um assassino covarde e para os outros dois covardes o passaporte para andar livremente no seio da sociedade com direito a dormir com escolta no quartel da PM. Ora senhores, LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA.

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  2. ATE QUE EMFIM ALGUEM LEMBROU DE GERÔ,EU, TODA FEZ QUE VEJO ALGUM CASO DE TORTURA EU LEMBRO DESTE ARTISTA POPULAR COVARDEMENTE ASSASSINADO POR BANDIDOS FARDADOS.

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  3. É, galera, como se de repente, ao eleger os governantes o povo estivesse dando ao Estado poder de vida e morte sobre o cidadão.

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  4. equivocou-se, pois os assassinos já estão livres, vão nem dormir mais.

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