JM Cunha Santos
Os sinos do Natal no Maranhão badalam uma cantiga de sangue e arrogância. O governo optou pela implantação do Estado de Sítio e falta pouco para que decrete o toque de recolher. Depois de desrespeitar, humilhar e enganar a maioria das categorias de servidores públicos juntou de seu lado o Poder Judiciário, a Assembléia, a Procuradoria Geral da Justiça, o Exército, a Força Nacional e mais todos os que dependem da caneta do rei e dos humores do Império.
As ameaças de invasão da Assembléia Legislativa, para onde policiais e bombeiros se deslocaram certamente na esperança de facilitar as negociações, são ameaças de morte e não há mutação semântica que desminta essa verdade. A estupidez da governante maranhense, que já havia enrolado delegados, professores e policiais civis, arrastou o Estado para um beco sem saída e vivemos hoje, de par com o ciclo da corrupção deslavada, o ciclo das baionetas. O Maranhão é hoje um território estrangeiro seviciado por invasores, homens em armas que esperam apenas uma ordem para cobrar, com o sangue dos inocentes, obediência cega a uma rainha demente e sem vocação para governar.
Se vão fuzilar a força pública do Maranhão, que fuzilem também seu povo, pois só o governo brasileiro não entende que essa escravização política tem que acabar; que a miséria e a depilação de todos os valores morais chegou ao limite do suportável. Já faz tempo demais que os maranhenses – e brasileiros – gritam “Fora Sarney” e “Xô Roseana”, mas é na esfera federal que esse poder se sustenta atarracado aos sacos do contribuinte e ao tráfico de influência, à vassalagem e depravação dos valores públicos.
O Maranhão é o Estado onde há mais pobreza absoluta, menos educação, saúde e segurança, aonde morrem mais crianças e as gestantes mais correm risco de vida. E, no entanto, o Governo Federal se alia aos responsáveis por essa decadência para que tudo piore a cada dia e a cada dia sejamos mais cantados e decantados mundo afora como cidadela absoluta da demolição ética e da corrupção seminal. O Governo Federal continua a eleger o séquito de Sarney, a fazer o possível e impossível para que continuem mordendo o osso já branco de um povo que há 50 anos manca na direção do nada.
E, nesse momento, em que o Governo do Maranhão, nos faz cercar de baionetas e ameaças, bem que gostaríamos que a presidente Dilma Roussef esquecesse as patacoadas político-partidárias do senhor Lula e olhasse para esse Estado como território real do Brasil.
Porque só nós somos obrigados a suportar um governo de corruptos e tiranos? Porque Fernando Sarney não está preso e Roseana ainda não foi cassada? Porque o Governo Federal insiste em ajudá-los a prolongar essa agonia?
Entendam: nós maranhenses também temos direito à liberdade e à alternância de poder.
IMPECÁVEL! Não existe outra palavra para definir esse texto.
ResponderExcluirPAULO CRUZ
Bom dia Senhor Cunha Santos, emocionado sugiro ser este real texto o hino dos Homes e da Mulheres livres. Um belo editorial a ser gravado com um fundo musical para ser ouvido no maranhão e no mundo. Parabens!!! Abraços. Reinaldo cantanh~ede Lima
ResponderExcluirCorreção: Bom dia Cunha Santos, emocionado sugiro ser este real texto o hino dos Homens e das mulheres livres. Um belo editoriala a ser gravado com um fundo musical para ser ouvido no maranhão e no mundo. Parabens. Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima
ResponderExcluirAgradeço e aprendo que a revolta também é capaz de produzir beleza.
ResponderExcluirNão canso de ler esse texto. É de uma beleza e lucidez impressionantes.
ResponderExcluirSabe, Paulo, nenhum de nós pode aceitar o que estao fazendo com o Maranhão
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