JM Cunha Santos
Há um duelo político sendo travado em São Luís. De um lado, os que lutam com as armas sujas, como essa CPI voltada contra a candidatura do prefeito João Castelo; de um lado, os que humilham os funcionários públicos, os que ameaçam, intimidam e impõem a força bruta como saída para os conflitos da sociedade.
Do outro lado, a oposição que precisa esquecer suas diferenças para salvar o Estado da pistolagem, da pobreza absoluta, dos índices corrosivos de corrupção, dos empréstimos bilionários que endividam para todo o sempre o contribuinte maranhense.
São forças diferentes. A primeira dispõe de todo dinheiro do mundo, do polegar do Imperador, da caneta da rainha para vencer as eleições de 2012. A segunda, constituída dos partidos políticos na oposição, só dispõe da indignação pública, do trabalho que a Prefeitura realiza em todos os bairros de São Luís como referência. Só dispõe da coragem para construir um discurso único capaz de calar nas almas.
É o duelo de Davi contra Golias. Davi enfrentando o monopólio dos meios de comunicação, a influência do Governo Federal, os ministérios, os cargos nas estatais, a Justiça e todos os poderes constituídos do país. Neste duelo será necessário vencer o campeão dos filisteus que se utiliza de escribas e narradores para alterar os valores bíblicos, os rolos do mar morto e, comprando consciências, convencer a todos de que o bem é o mal.
Golias domina o Senado e se veste de bronze. Davi usa a malha da pobreza absoluta e padece nos mercados. O escudo de Golias é a corrupção; suas armas, lanças com pontas de ferro. Davi usa a funda dos ideais de liberdade e pedras lisas colhidas no rio da preservação. Golias é um gigante de 7 covados e Davi um homem pequeno que, absorvendo a alma do povo, decidiu não mais aceitar dos gigantes a dominação.
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