JM Cunha Santos
O Maranhão venceu mais uma. Está entre os estados com maior número de ações civis públicas por improbidade administrativa. Vamos repetir a descrição do crime de improbidade administrativa feita ontem na página 3 do Jornal Pequeno:
“De acordo com a lei 8.429/92 chama-se de improbidade administrativa a conduta do agente público que importe em enriquecimento ilícito, cause prejuízo ao erário ou atente contra os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, lealdade às instituições e aos princípios da Administração Pública”.
As ações recaem principalmente sobre prefeitos municipais, mas certamente não seria assim se os princípios da corrupção não estivessem entranhados na gestão maranhense, através de um modelo político que, perdurando já 50 anos, mistura o público com o privado, o privado com o público, enriquece alguns poucos e desgraça a maioria.
Afinal de contas, o corpo sempre obedecerá ao comando do cérebro. É a cabeça quem instrui. E com os atos normativos, a gestão pública, não é diferente. Se a cabeça desanda, o corpo inteiro sofre. Se o cérebro é tendente ao crime, o corpo praticará os atos que lhe determinar.
Se estamos entre os mais condenados pela Controladoria Geral da União, entre os que mais se dedicam às improbidades, entre os municípios mais pobres e os povos mais famintos, precisamos cortar a cabeça, trocar de cérebro para que não viva o corpo administrativo do Estado tanta decadência e indignação.
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