O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, deputado Arnaldo Melo (PMDB), recebeu, nesta quarta-feira (21), na sede do Poder Legislativo, a visita dos presidentes da Força Sindical, Frazão Oliveira; Fecomercio, João Torres; e Fiema, Roberto Bastos da Silva. As três entidades participaram, com o governo do Maranhão, de um Forum que durou duas semanas, realizado nas dependências da Assembleia Legislativa. Eles estiveram na Assembleia para entregar a “Carta de Intenções para Enfrentamento da Crise Financeira Internacional na Zona do Euro com Reflexos na Economia Maranhense”.
A Carta de Intenções foi lida para o presidente da Assembleia, Arnaldo Melo, pelo presidente da Fiema, Roberto Bastos. Nela, os presidentes das entidades explicam que, centrados em ações e propostas para enfrentamento da crise mundial na questão da melhoria da competitividade, no aprimoramento e fortalecimento do sistema de defesa comercial e industrial, observam a necessidade de um maior alinhamento sobre o tema.
Segundo a carta, esse alinhamento deve se dar através de ações realizadas pelos diversos atores envolvidos da economia maranhense, com grande base exportadora, preocupados com a valorização do real e demandando medidas para amenizar seus efeitos e/ou impedir maior valorização.
As empresas e instituições signatárias da Carta afirmam que reconhecem a relevância da causa, possuem atuação consistente na defesa dos direitos dos trabalhadores e empresários e acreditam ser importante atuar de maneira sinérgica e articulada para obter melhores resultados em favor do desenvolvimento sustentável do Brasil.
O Fórum que uniu Força Sindical, Governo do Maranhão, Federação do Comércio e Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, consignou alguns objetivos. Entre eles, criar um Comitê Executivo que coordenará as ações compartilhadas entre as empresas, e que, a cada ano, será secretariado por uma delas. Vão atuar em rede, de forma intersetorial — governo, sociedade civil e empresas do comércio e da indústria — em favor do desenvolvimento sustentável do Maranhão.
Na Carta de Intenções, garantem compartilhar e aprimorar metodologias e experiências entre as empresas que investem em inovação, tecnologia e emprego, aumentando o conhecimento mútuo entre essas empresas. Serão mapeados os investimentos, de forma a colaborar para a melhor utilização dos recursos destas empresas em prol de ações em benefício da auto-sustentabilidade da economia maranhense.
As empresas e instituições prometem colaborar para o fortalecimento dos Conselhos Temáticos do Governo Estadual, Conselhos Comercial, Industrial, Patronal e Laboral por meio de diagnósticos, planejamentos e orçamentos integrados com outras políticas, da melhoria da capacitação de gestores técnicos e da articulação entre atores envolvidos.
Conforme o presidente da Fiema, o objetivo central desse Comitê Executivo é que o Maranhão não sofra tanta influência da crise econômica que estamos vendo, principalmente na Europa.
O presidente Arnaldo Melo colocou a Assembléia Legislativa à disposição dos representantes das instituições, garantindo a imediata publicação da Carta de Intenções no Diário e nos Anais do Poder Legislativo. Ele considerou que a carta significa um exemplo de amadurecimento da Força Sindical que reuniu representantes do governo e da classe patronal para enfrentar essa expectativa negativa que vem de outros continentes. Arnaldo Melo entende que toda a ação é válida para enfrentar a ameaça de desemprego que se apresenta com o enfraquecimento da economia mundial.
O presidente da Federação do Comércio, João Torres, destacou a oportunidade de unir forças que venham minimizar os efeitos da crise econômica mundial no Estado do Maranhão. Ele deu como exemplo a Alumar que vem reduzindo suas atividades em alguns setores. Frazão Oliveira, presidente da Força Sindical, entende que o emprego é o principal patrimônio do trabalhador e que com a crise se acirrando na Europa o trabalhador precisa se proteger.
“Quem mais sofre em qualquer crise econômica é a classe trabalhadora, daí porque sentimos a necessidade de nos unir com o poder público e a classe patronal para evitar que os efeitos dessa crise sejam danosos para a classe trabalhadora”, afirmou. O presidente da Fiema, Roberto Bastos da Silva, entende que, unidos, patrões, trabalhadores e poder público terão mais forças para enfrentar os possíveis efeitos da crise econômica mundial.
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