JM Cunha Santos
Onze pessoas foram presas em Timon por tráfico de drogas neste final de semana, entre elas Antônio Kelson Moreira, assessor do deputado Alexandre Almeida. Apesar do natural estardalhaço na imprensa, há que se entender antes que a dependência química, hoje no Brasil, se tornou um grave problema de saúde pública e como tal deve ser tratado.
Isto se coloca porque o próprio deputado, falando sobre o assunto na tribuna, demonstrou ter dúvidas de que seu assessor seja traficante. Embora a assessoria do deputado nos tenha negado acesso aos esclarecimentos por ele lidos na Assembléia, pareceu-nos justa e sóbria a posição do parlamentar. Ele diz que estará ao lado da Justiça e da Polícia no caso de persistir a versão de que Antônio Kelson é traficante, mas que buscará todos os meios de tratamento caso se trate de mais um entre os milhões de jovens que neste país e no Estado são escravizados pelas drogas.
Também o deputado Luciano Leitoa, que é de Timon e adversário político de Alexandre Almeida, comentou o assunto. Lamentou o crescente aumento do tráfico de drogas, roubos de cargas e de carros no município e se solidarizou com Alexandre Almeida colocando dúvidas sobre a condição de traficante de Antônio Kelson. “Eu o conheço. Foi uma surpresa”, disse. “Mas o aprofundamento das investigações mostrará a verdade”.
São terríveis as estatísticas sobre a invasão das drogas na juventude brasileira. No Maranhão, essa realidade não é diferente. Traficantes cada vez mais poderosos emperram as ações da polícia e da Justiça e substâncias químicas cada vez mais baratas penetram em todas as classes sociais.
A invasão das drogas é tal que virou tema de todas as campanhas políticas. Não é mais um problema das grandes metrópoles. A droga está em todas as pequenas cidades onde a polícia não está aparelhada para combater os traficantes, nem há clínicas disponíveis para os que precisam se recuperar. É uma situação muito difícil para o país e para o Maranhão.
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