sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Via Crucis do homem moderno

Jornal Pequeno – Editorial, sexta-feira, 6 de abril

Percorrer mentalmente, desde os séculos inferiores, o caminho da cruz; desde o pretório de Pilatos até o Monte Calvário, meditando sobre a Paixão de Cristo, talvez já não seja possível para o homem moderno. Porque já não há terras santas, se nas terras santas pessoas explodem pessoas em pedaços em nome de Deus.

As 14 estações da Via Sacra, um doloroso exercício de piedade cristã, não parece possível de cumprir num mundo em que não se pode falar de devoção, em que se substituem as migalhas de Lázaro por R$ 100 pagos para o incêndio de mendigos nas portas dos restaurantes.

A Palestina parece bem distante e é como um cemitério de corpos e ideias, um conclave de pessoas sem espírito em terrível peregrinação pelo egoísmo, o egocentrismo o “eu” que fala mais alto que o amor.

Está violado o santo sepulcro dessa terra em que os homens matam até por uma discussão de trânsito e outros se consagram no claustro da boa vida conquistada com a carne alheia, com pedaços da carne alheia. Jesus está caindo mais uma vez, porque o lugar dos pobres é a cadeia e nas agulhas dos ricos passam todos os camelos, carregando o luxo obtido com o sacrifício dos semelhantes.

A terra dos bem-aventurados, mais de dois mil anos depois, é uma piscina de sangue, uma extensão do mal encarnado pelo príncipe das trevas. Aqui, homens são pagos para matar. E matam. Aqui, crianças recebem o salário do tráfico e da violência, armadas até os dentes para assaltar Papai Noel.

Não era esse o destino esperado dos filhos de Jerusalém.

A caminhada da cruz não foi feita sob os holofotes da TV, sob o registro dos chips e celulares. Mas o homem inventou a felicidade e fez infeliz a maioria dos homens. E Jesus está caindo diante do tráfico de mulheres, da venda de tendões humanos, da venda de órgãos vivos no submundo cruel da impiedade e da corrupção.

Vendem milagres, vendem orações, vendem salvação, mas não conseguem deter a marcha do homem moderno na direção da selvageria inominável que se cumpre sob o olhar dos satélites, sob a passagem furiosa dos foguetes rumo a um Paraíso que ninguém sabe onde está. Há quem mate porque sente fome, mas há também quem mate porque seu time perdeu. Jesus está caindo, mais uma vez, sob o peso insuportável de uma cruz que o homem continua a construir.

Na primeira Estação, pense no por que foi condenado; na segunda Estação, carregue com amor sua própria cruz; na terceira Estação, faça que todo amor seja como amor de mãe; na quarta, caia sem derrubar ninguém à sua volta; na quinta, sinta que não está mais sozinho; na sexta, deixe que limpem o sofrimento do seu rosto.

Na sétima Estação deixe chorar por amor as mulheres; na oitava Estação, caia somente depois de levantar alguém que ama; na nona Estação, junte os que estão caindo ao seu lado, na décima, despoje-se da soberba e dos preconceitos que veste; na décima primeira, condene todas as formas de tortura.

Na última Estação, não faça Jesus sofrer depois de morto.

Um comentário:

  1. Cunha Santos.

    O senador josé sarnem, é como os grandes predadores da história quando nos referimos a ganancia de poder, ter, fazer sofrer até o mais pobre dos pobres mortais, diga-se de passagem, o Senador Pedro Simon falou que sarnem vai ser esquecido pela história com certeza é o que vai acontecer,pois se a condêssa de sarnem merece uma missa, e netuno o rei dos mares fica prá trás com sarnem querendo ser o dono mar...anhão, é possível ser picado pelo beijo da mulher aranha, na sua púbis nada angelical, este sarnem fêz escola dando aulas a um dos seus maiores discípulos o lulla Macunaíma, pois PeTralha aprendeu rápido. O sarnem aGORA VAI INSTRUIR a sua cria ROSENGANA, quanto a questão do MP-MA, nesta disputa pelo cargo de procurador de justiça ele vai ver qual é melhor Máscara vai ficar melhor prá serusada de acordo com seus ineresses no judiciário, pois esta eleição para substituir Fáima travessa,vai ter que escolher a melhor melhor máscara, pois das seis postas todas se equivalem em vassalagem. O Judas maranhense´, e também o carrasco que mata o povo na unha com sua filha gov., é um homem como diz Pedro simom não vale nada, pois os homens bons morreram e ele ficou junto com os que deveriam já ter deixado o cenário da terra, pois ele iguala sarnem a pimheiro machado que era o pulha da época e que foi mas deixou sua cópia fiel, o grande e minúsculo senador sarnem repróbo da humanidade, que gira em torno do seu próprio cadáver polítoco putrefato e de sua família usurpadores do dinheiro públicos e carrasco sem escrúpulos a fazer vítimas por onde deixam seus rastros como àtila o rei dos hunos.

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