Em queda livre, Holanda Júnior deve chegar ao dia da eleição com menos de 35 por cento de intenções de votos

Ele fala desesperado,

a todo instante, no rádio,

na televisão, nas ruas. Mas

a sua é a voz de um culpado.

JM Cunha Santos

Está difícil a situação do candidato Edivaldo Holanda Júnior. Ele entrou em “parafuso”. É aquele raro momento em que o eleitor descobre que estava sendo enganado por um candidato, que o marketing político estava lhe vendendo gato por lebre. Que as imagens, os trejeitos, os discursos, as informações, a postura moral, era tudo falsidade. É o momento da decepção total e irreversível do eleitorado. Os melhores analistas avaliam que Edivaldo Holanda Júnior não vai mais parar de cair e Castelo não vai mais parar de subir em intenções de votos.

A formação de um Comitê Político Militar constituído por pessoas sem identidades, dispostas a cumprir uma missão muito secreta e especial, “uma coisa muito louca”, fazendo ameaças em público, abalou a candidatura de Holanda Júnior. Ele não conseguiu, nem vai conseguir explicar os discursos ameaçadores feitos na reunião. E, ademais, Castelo teve tempo de mostrar na propaganda eleitoral que a obra de reconstrução que começou em São Luís não pode parar.

O episódio da Milícia, que não tem como ser negado (contra fatos (e fotos e filmes) não há argumentos) está fazendo com que o povo, finalmente, acredite nas alianças espúrias que fez, com paladinos da corrupção como Carlos Lupi , Weverton Rocha, Alexandre Padilha, para chegar ao poder. O povo agora crê na verdade de que ele realmente quis impedir a instalação da CPI do Carlinhos Cachoeira.

Edivaldo Holanda Júnior caiu quase 9 pontos nas pesquisas em apenas uma semana. A análise fria dos números indica que ele caiu no desgosto de seus próprios eleitores. Até domingo, talvez não tenha mais nem 35% dos votos. Ele fala desesperado, a todo instante, no rádio e na televisão, jurando inocência. Mas a sua é a voz de um culpado.

Sem contar que mesmo que vença as eleições pode nunca ser prefeito, pois cometeu um crime eleitoral que não tem como justificar e está passível de cassação, bastando para tanto que o Ministério Público se manifeste.