terça-feira, 26 de março de 2013

Eliziane Gama destaca editorial do Jornal Pequeno em defesa dos direitos da mulher na Assembléia

Ribamar Santana/Agência Assembleia
 
A deputada Eliziane Gama (PPS) destacou da tribuna da Assembleia, na sessão desta segunda-feira (25), o editorial do “Jornal Pequeno”, da edição de domingo (24), escrito pelo jornalista Cunha Santos, intitulado “Mulherofóbicos”. Ela leu o texto, na íntegra, e pediu que ficasse registrado nos Anais da Casa.
O texto do editorial foi motivado pela criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Asssembleia Legislativa do Maranhão, proposta por Eliziane, destinada a investigar a violência contra a mulher e que, segundo o editorialista, está ameaçada de não ser presidida e nem relatada por mulheres.
“Imaginem que no Maranhão e somente no Maranhão uma CPI de violência contra a mulher pode ter como presidente e relator dois homens, o que, em outro estágio, poderia até ser um sinal de evolução. Mas sabemos que não é assim, são elas que estão apanhando e são os homens que estão batendo”, afirma o editorial.
Segundo o editorialista, preconceito e medo, talvez mais medo que preconceito, orientam essa fobia. “A indisfarçável moral burguesa do século 21 fez da mulher esse animal assustador, com brilho intelectual próprio, com opinião própria, que não aceita imposições e a reação do Macho Alfa foi violenta: uma sangueira de sopapos, equimoses, luxações, lesões corporais, pontapés, tiros e facadas contra a mulher nos lares brasileiros humilha a condição humana.
“Eles temem que presidindo uma mulher essa comissão, a deputada Eliziane Gama, torne-se ela mais tarde um empecilho às pretensões eleitorais do governo, uma força de oposição que não gostariam de enfrentar. É um retrocesso monumental no caráter político e humano de todas as reivindicações do mundo moderno”, argumenta o editorialista.
Após a leitura do editorial, a deputada Eliziane Gama disse que aguarda que a CPI seja instalada o quanto antes, uma vez que já foram feitas indicações dos integrantes pelos blocos parlamentares, observando que a maioria é constituída por homens. “Quatro homens e três mulheres. Esperamos que mulheres venham a conduzir esta CPI nesta Casa”, observou.

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