JM
Cunha Santos
Mentiras
políticas históricas foram construídas e vividas no Brasil até que o povo se
desse conta do enorme engodo em que se achava envolvido. Nos idos de 1989 o
então candidato Fernando Collor de Melo fez duas acusações a seu principal
adversário, Luís Inácio Lula da Silva: a primeira de que era racista e a
segunda, que aterrorizou a classe média, de que o “sapo barbudo” se eleito,
confiscaria a poupança do povo brasileiro. Collor foi eleito e sua primeira
medida na área econômica foi o confisco de toda poupança do país.
Outra
mentira histórica teria sido a de Jânio Quadros que se apresentou aos eleitores
de posse de uma vassoura prometendo varrer a corrupção do Brasil. Eleito,
acovardou-se e renunciou logo na primeira crise, decepcionando a legião de
eleitores que o havia escolhido pela coragem.
A
maior de todas as mentiras históricas, no entanto, diz respeito ao golpe
militar de 1964. Comemorado no dia 31 de março foi saudado nos 21 anos
seguintes como Revolução. Mas garantem os historiadores que nem foi Revolução,
foi golpe, nem aconteceu no dia 31 de março, mas no dia 1º de abril, o Dia da
Mentira segundo o calendário de anedotas do povo brasileiro.
E
falando em anedotas, dizem alguns catedráticos que o Brasil não foi descoberto,
foi invadido, que Getúlio Vargas não se suicidou, foi suicidado. Os mais
radicais acham que o homem nunca foi à lua, que Lee Oswald não matou Kennedy e
que São Luís não foi fundada pelos franceses, ou seja, a França Equinocial
nunca foi além de algumas estacas e folhas de pindoba.
Uma
nova e grande mentira ridiculariza a História do Brasil. Trata-se do engodo da
Refinaria Premium que acaba em debandada dos empresários do município de
Bacabeira e com a foto de Lula, Dilma e Roseana Sarney em cima de um trator,
ilustrando a posteridade.
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