terça-feira, 30 de abril de 2013

Obesidade financeira

JM Cunha Santos

Nenhum do povo pode ouvir falar em milhões sem achar que é uma quantia incalculável, capaz de resolver, em questões de momentos, todos os problemas de uma cidade. Quanto a bilhões, nem sabem o que é ou acham que é a mesma coisa. Sabendo disso, a imprensa de Sarney escarafuncha dia e noite as contas da Prefeitura para passar ao povo a impressão de que o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, com o dinheiro que recebe em Fundo de Participação e outras magras receitas, poderia, em 120 dias, resolver todos os graves problemas de São Luís, tais como transporte, educação, saúde, mobilidade urbana etc.
Estão mentindo e sabem disso. O orçamento da Prefeitura de São Luís é irrisório, diante dos problemas de uma capital e pelo menos 25% dele é totalmente destinado à manutenção da saúde pública. Gordo é o dinheiro que tem recebido o governo do Estado. É tanto dinheiro que, a exemplo de alguns alimentos, o organismo de Roseana Sarney não assimila, nem metaboliza mais. Toda hora é 1 bilhão, dois bilhões, três bilhões, sem contar o que vem das receitas próprias, tanta grana que o aparelho digestivo do Estado começa a rejeitar, inclusive com comprovados casos de refluxo.
Apesar de tanta proteína financeira, o governo não faz nada, só discurso itinerante, pois toda essa banha no orçamento é gordura localizada que não chega a alguns setores do organismo governamental, como educação e segurança pública, por exemplo. Se chega, estão vomitando, porque o resultado é um desastre. Aos que pensam que a obesidade financeira da governadora é hereditária, dizemos que é constitucional, pois se origina muito mais das transferências do governo do PT, podendo ser também adquirida. Nos cofres do BNDES.
E como todos sabem a obesidade mórbida provoca sedentarismo, doenças do sono e isolamento, os males da preguiça, explicando-se, assim, porque nesse governo todo mundo fala muito, dorme muito, viaja muito e quase nada faz.

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