JM
Cunha Santos
Não
é sempre que neste país nos dão a chance de ouvir a voz de um condenado. No
máximo, os advogados falam por ele. No mínimo os juízes, que só devem falar nos
autos, dizem deles o que pensam. Mas o ex-ministro José Dirceu, protagonista
condenado do mais visível escândalo da República, está em São Luís para
proferir a palestra “O estado democrático de direito e a democracia
participativa”. Entendendo-se que não se trata aqui de participação de ninguém
no bolo financeiro do Estado. Deve ser ouvido, tem que ser ouvido, mas para
ouvir Josés alinhavam-se algumas regras básicas.
Não
se ouvem Josés se o governante ou a governante de um Estado se negar a
recebê-lo ou dele se esconder em ilhas fiscais paradisíacas onde também se
escondem milhões; não se ouvem Josés sobre corrupção, cooptação, votações
secretas e instintos primitivos de parceiros de quadrilha. Josés não podem ser
ouvidos sobre fundações republicanas, processos de cassação e menos ainda sobre
operações da Polícia Federal.
Josés
devem ser ouvidos com roupas modestas, em lugares sem muito luxo e conforto
para não chamar a atenção. Josés não falam sobre refinarias, pólos de
confecções, bumba-boi e segredos de Justiça. Para ouvir Josés é preciso estar informado
sobre o PED, mesmo quando ele signifique Processo de Execução da Democracia.
Quem ouve Josés, não faz perguntas sobre nepotismo no Senado e atos secretos,
sob pena de estragar a falação.
Para
ouvir Josés é preciso conhecer as leis do país, até para avaliar em quantas
eles deveriam ser incursos. Para ouvir Josés é preciso separar o que deve ser
ouvido do que deve ser escutado. Não se ouvem Josés com cera no ouvido e na
falta de cotonetes vai mesmo um palito de fósforo, já que a idéia é tocar fogo
na República.. Josés não mentem, vendem verdades, por isso é preciso ouvi-los
de coração aberto e com as contas correntes sob controle total.
Dizem
que a governadora vai partir assim que José Dirceu chegar. Isso é normal, pois
se Roseana não ouve mais nem o José da casa dela, o PMDB, não tem obrigação de
ouvir nenhum José da casa alheia. E, “Virgem, como tem Zé”.
MEU CARO HOMEM DA PENA, SR. CUNHA SANTOS, DUVIDO MUITO QUE A GOVERNADORA VÁ SUMIR NO DIA DA CHEGADA DE ZÉ DIRCEU, ATÉ PQ OS SEMELHANTES SE ATRAEM E O VELHO SARNA AINDA NÃO PULOU EM UM OUTRO COURO PARA PARASITAR, CONTINUA INFESTADO NO DA PRESIDENTA, E ASSIM GARANTIR O PODER DA FAMÍLIA POR MAIS TEMPO.
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