Informe
JP, 19 de maio
É
próprio das relações políticas que os interesses as governem. E nem sempre são
interesse pelo menos medianamente apostólicos. O correligionário de hoje é o
adversário de amanhã; o amigo, o inimigo e vice-versa, dependendo do que em
dividendos de poder e satisfação material desabe ou não nos cofres antecipados
ou propostos a uma gestão.
No
interregno político entre a vitória de João Castelo sobre Flávio Dino e sua
derrota para Holanda Júnior, só não aconteceu o que não foi previsto por Zoroastro;
o resto, tudo está nas páginas dos jornais. Nunca houve no Maranhão uma perseguição
tão escancarada e ascendente, tão rancorosa e poderosa contra um único
personagem político, como se fosse a intenção dissecá-lo para pendurar depois
no varal das coisas esquecidas. Perseguição de adversários e correligionários,
de inimigos e de amigos, dos convidados que jogaram fora sua comida e dos que
se empanturraram até botar macarrão pelos ouvidos, até não ter mais aonde
encher e vomitar.
O
tráfico de influência faz com que todo promotor de viela se queira titular de
uma ação contra o ex-prefeito, faz de quase todo juiz, o Sansão a prolatar
sentenças contra um filisteu. O espancamento começou com o grupo Sarney, mas as
bordas do caixão doirado em que pretendem enterrá-lo politicamente acabaram
sendo cerzidas pelos que mais chuparam tutano nos ossos de sua boiada. Com a
campanha política, todas as clavas, todas as flechas, rifles e canhões foram
apontados contra ele, mesmo as armas empunhadas pelos anjos decaídos que, só
por milagre, conseguiu levantar. Quando perceberam que Castelo ia perder a
eleição, os “amigos” passaram a chutar o que imaginavam ser o seu cadáver
político. E, vai ver, a traição doeu muito mais que a derrota.
Fora
do poder, Castelo é alvo agora de um Ministério Público que às vezes parece um
Ministério Privado. Só falta que o processem por ter perdido a eleição o que,
afinal, seria um pouco mais decente. E uma imprensa desidratada, paga com o
couro do povo, se compraz e refestela em anunciar para ele longos dias de
prisão. Já pensaram se fosse parar na prisão todo prefeito que um dia deixou de
pagar funcionários no Brasil!
O
Ministério Público do Maranhão nunca processou Sarney, nunca processou Roseana,
nunca processou um Juiz venal. Nunca teve coragem para iniciar ação contra
qualquer alguém que realmente detivesse o poder. Não teve coragem nem para
retirar o nome de Roseana Sarney da testa dos Conselheiros do Tribunal de
Contas do Estado.
É
lamentável, muito lamentável o que estão fazendo com nossas instituições. Que
já não são públicas; são políticas e de propriedade de quem está no poder.
Meu prezado Cunha Santos, é como eu já disse em outros comentários, que a profissão de jornalista é muito inglória. Defender um politico delinquente como João Castelo, é a mesma coisa que ser conivente com um marginal qualquer, eu não assumiria tal responsabilidade, dizer pra vc quem é João Castelo, é pura perca de tempo, já que, vc, conhece muito bem. Você generaliza colocando todos os politicos na vala comum, concordo com vc, mas isso é pq o nosso Pais não cumprem as leis, porisso é preciso que aqui ou acolá, se der em cima destes marginais da politica sem dó nem piedade, esperando que um dia, João Castelo e outro semvergonha iguais a ele sejam preso e curtam cadeia sem nenhuma mordomia.
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