Da Agência
Assembleia
O presidente da
Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), declarou, na manhã desta
quinta-feira (2), que irá cumprir o Regimento Interno da Casa em relação ao
pedido de criação da CPI da Agiotagem, que está sendo defendido pelo deputado
Raimundo Cutrim (PSD).
“Quero deixar
patente nesta manhã de trabalho que, se 14 deputados desta Casa assinarem o
requerimento de instalação desta Comissão Parlamentar de Inquérito, eu
cumprirei o que o Regimento determina. Portanto reitero que, se for cumprida a
exigência regimental de 14 assinaturas, o presidente da Casa instala a CPI,
porém serão de responsabilidade de todos nós o funcionamento e o desfecho desse
processo”, afirmou Arnaldo Melo.
Ele advertiu,
entretanto, que a Assembleia Legislativa não possui em seus quadros a mesma
estrutura de que dispõe o aparelho policial para fazer este tipo de
investigação.
“Nós não temos
estrutura nos nossos quadros, para fazermos um trabalho paralelo. Nós teremos
que usar o aparelho de investigação, o aparelho policial, e o Ministério
Público do nosso Estado, que já estão envolvidos nesse processo. Daí a nossa
posição de ter aguardado, temos feito incursões junto à Secretaria de Segurança
do Estado, junto ao Tribunal de Justiça, junto ao Ministério Público, para
acompanharmos este caso com a devida cautela”, frisou o presidente da
Assembleia Legislativa.
Ele fez esta
advertência logo após a fala do deputado Raimundo Cutrim que, em seu discurso,
afirmou que se a Assembleia Legislativa não criar a CPI da Agiotagem estará
dando a impressão de cumplicidade com os crimes que estão sendo denunciados.
“O assunto que o
deputado Cutrim se referiu, novamente agora na tribuna, é muito sério. O
deputado Cutrim está colocando em xeque a postura da Assembleia, a instituição
em que ele é membro. Disse na tribuna que, se essa Casa não instalar uma
Comissão Parlamentar de Inquérito para discutir crimes de agiotagem em que ele
fora citado, esta Casa estará passando à sociedade a impressão de que nós
estamos acobertando esse tipo de atividade ou de atitude. O que não é correto.
Na minha interpretação, não é essa a postura desta Casa”, esclareceu Arnaldo
Melo.
Ele acrescentou que
as denúncias que estão sendo feitas são preocupantes e envolvem diversos
segmentos: “Mas não se pode dizer que não estimular a instalação de Comissão
Parlamentar de Inquérito, em nenhum momento, é para acobertar qualquer falha de
um membro desta Casa, ou de fora desta Casa”.
Arnaldo Melo frisou
ainda que a preocupação maior da Mesa Diretora é no sentido de preservar a
imagem do Poder Legislativo. “Tudo que nós pudermos fazer para que este
episódio seja esclarecido de forma exemplar, nós estamos fazendo e faremos no
futuro. Porém, nós entendemos que a Polícia Civil do Estado, a Polícia Militar
do Estado, o Ministério Público do Estado, a Polícia Federal do Brasil, estão
envolvidas nesse processo. Acho que a Assembleia Legislativa irá trabalhar na
mesma linha e com o mesmo aparelho de investigação”, ressaltou o presidente da
Assembleia Legislativa.
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