Da Agência Assembléia
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa
recebeu, oficialmente, nesta quinta-feira (2), denúncias sobre três casos de
bastante repercussão no Estado e que serão encaminhados para que sejam tomadas
as devidas providências.
O primeiro deles é sobre a situação da jovem que por 15 anos foi abusada
pelo seu próprio pai, em Pinheiro, na região da Baixada Maranhense. O caso foi
amplamente divulgado há pouco mais de dois anos e ganhou projeção nacional e
internacional.
A deputada-presidente da CDHM, Eliziane Gama (MD), e o também membro da
comissão, Bira do Pindaré (PT), ouviram os relatos da principal envolvida no
caso, do promotor de Justiça da comarca local, Ruy Antonio Vieira, e dos
defensores públicos Audísio Nogueira Cavalcante Junior e Rodolpho Penna Lima
Rodrigues, que atuam no núcleo regional instalado na cidade.
Segundo a presidente da comissão, após a prisão de José Agostinho Bispo
Pereira, autor dos abusos, a jovem e seus sete filhos continuaram desassistidos
pelo poder público e hoje passam por necessidades. A parlamentar chegou a
elaborar um projeto de lei solicitando do Estado uma pensão à jovem, mas a
proposta acabou sendo recusada em plenário. Para tentar amenizar o problema, o
promotor sugeriu que uma ação seja proposta contra o Estado, mas com outro
objeto. “O pai das crianças foi morto em uma rebelião na Delegacia Regional de
Pinheiro. Ou seja, estava sob a custódia do Estado, portanto uma ação
indenizatória pode ser proposta neste caso”, explicou.
Independente da situação financeira, os defensores públicos chamaram a
atenção para a falta de políticas públicas que previnam situações como esta.
“Além deste caso estarrecedor, nós temos informações, embora não provas
concretas até o momento, de que outras situações parecidas acontecem com muita
frequência na Baixada Maranhense. Soubemos que em um povoado uma jovem foi
violentada por quase todos os homens de lá. Então é preciso que o Estado se
faça presente com ações que previnam e não apenas tome atitudes após
acontecerem”, ressaltou Audísio Cavalcante.
SISTEMA PENITENCIÁRIO
O segundo caso tratado na reunião da CDHM é quanto ao desaparecimento de
Ronalton Silva Rabelo que estava no Presídio São Luís. O caso chegou ao
conhecimento da Comissão durante visita ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas,
no último dia 23, quando uma comitiva de deputados, acompanhada pelo presidente
da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Antonio Pedrosa, além de representantes
do Sistema Penitenciário e Pastoral Carcerária que verificou in loco as
condições das unidades prisionais do complexo.
Nesta quinta, a mãe do detento esteve na reunião e bastante emocionada
disse o último contato entre os dois aconteceu em 1º de abril. “De lá para cá
não tive mais notícias. Uma vez fui visitá-lo e não me deixaram entrar.
Disseram apenas que ele estava de castigo. Procurei o advogado e fomos informados
que qualquer declaração só seria dada pelo secretário-adjunto [da Secretaria de
Justiça e Administração Penitenciária – Sejap]. Depois, chegou a informação de
que ele teria fugido ou foi morto e desde então não temos mais nenhuma
informação”.
Segundo a mãe do detento, não haveria motivos para que ele tentasse uma
fuga, porque um alvará para sua soltura já havia sido expedido.
PAÇO DO LUMIAR
O último caso tratado na reunião é sobre a morte de Luís Leônidas Serra
da Silva, assassinado por engano por policiais. O jovem de 21 anos estava em um
carro com mais sete amigos, quando foi atingido por tiros dos militares.
“Meu filho estava voltando para casa. Infelizmente o veículo em que eles
estavam seria parecido com o estavam alguns bandidos que atiraram contra
policiais. Mas eles nem perguntaram ou deram chance para que se identificasse.
Simplesmente atiraram para depois perguntar. Que polícia é essa?”, indagou.
Segundo a mãe do jovem, seus esforços são para que não haja impunidade.
“Dizem que os policiais estão presos. Mas quem garante? Meu filho está morto e
eles podem simplesmente estar à solta. O que luto é para que depois o crime não
prescreva e seja arquivado. Exigir justiça é o mínimo a que tenho direito”,
reclamou.
caro cunha
ResponderExcluiradoro lê seu blog, pq aqui a publicação dos nossos comentários, são publicados na hora, isto prova sua integridade em mostrar que vc n tem rabo preso com ninguem! e olha que jornalista n ter rabo preso, é dificilimo, portanto desejo que deus te ilumine e te proteja sempre e não esqueça: se encontrares espinhos no seu caminho, não se preocupe! pois o maior homem do mundo, fez destes espinhos uma coroa de vitoria!
Nunca mais teve o DETETIVE FROXÔ.
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