JM Cunha Santos
Parece que quando se trata de
educação nada dá certo nesse Estado. O Projovem, programa de sucesso do Governo
Federal, cujo objetivo é promover a inclusão social dos jovens brasileiros de
18 a 29 anos que apesar de alfabetizados não concluíram o ensino fundamental, é
um monumental fracasso no Maranhão.
Em março de 2011 havia um atraso de 5
meses no pagamento dos professores; a última vez que tinham visto dinheiro foi
em outubro de 2010, e assim mesmo sem incluir os recursos destinados a aulas
práticas e qualificação profissional. O pagamento dos professores do Projovem a
encargo do Estado está hoje com atraso de mais de um ano e o dos professores do
município está rondando cinco meses. Se o objetivo do programa é a inclusão
social dos alunos, é melhor que comecem a pensar na inclusão social dos
professores porque miséria absoluta melhor do que essa nem nas mais pobres
republiquetas africanas destroçadas por guerras tribais.
Os professores passaram por um
processo seletivo que incluiu prova escrita e entrevista (prova oral) e só por
isso deveriam ter recebido uma bolsa de R$ 1.000,00, além dos salários. Mas até
agora só o que tem recebido é desculpas e promessas e assim mesmo a prestação,
os que ainda têm algum crédito na praça. Não entendemos porque a classe política,
a OAB, o Ministério Público não agem contra essa situação que passa de simples
irresponsabilidade administrativa para se converter em verdadeiro ato de
crueldade.
Pelo amor de Deus, senhores! Mais de
um ano de atraso de pagamento seja lá para que tipo de profissional for é uma
barbaridade. Em se tratando de professores que assumem a missão de resgatar do
analfabetismo funcional a juventude do Estado, é um ato inominável. Depois de
tanto tempo, as razões alegadas para esse atraso nem interessam mais. Dêem um
jeito nisso, pois estão, no mínimo, cometendo um crime contra a coletividade.
Da mesma forma que aluno com fome não consegue aprender, professor com fome não
consegue ensinar.
Excelente, Cunha Santos! Temos que protestar contra situações como essa, antes que nos acostumemos com elas e elas passem do absurdo à norma.
ResponderExcluirAbraços,
Joaquim