Editorial
JP, 15 de agosto
Há
gente demais pensando sobre a legalização das drogas. Muito especialmente
legalizar o consumo de maconha que na verdade, seguindo o álcool, é o segundo
passo para a criação dessa juventude de zumbis que encontramos nas ruas, essa
geração que mata e esfola sob controle do crack, da cocaína e de outras
substâncias.
Quem
se manifesta contra a legalização é tratado como preconceituoso, ultrapassado,
burro, velho ou coisa que o valha. As razões em defesa da legalização são as
mais didáticas possíveis, as mais convincentes. As verdadeiras razões nem são
citadas. Mas a verdade é cristalina. Tem muita gente que já sabe que plantar
maconha é mais lucrativo que plantar arroz e milho, que cultivar uma substância
escravizante, como já acontece em países como a Colômbia, daria espaço para
abertura de novos cartéis no Brasil.
Outra
razão é que tem muita gente importante viciada em drogas que não se sente
confortável sabendo que, de um modo ou de outro, está vivendo à margem da lei.
E há ainda a possibilidade de traficantes incomodados pela polícia estarem
patrocinando palestras, organizando comitês, financiando especialistas para
mostrar que as vantagens da legalização são bem superiores que as desvantagens
do consumo ilegal. A legalização das drogas retiraria os traficantes da
ilegalidade.
Falam
apenas da maconha, mas a verdade é que querem legalizar também a cocaína, o
crack, o oxi e todas as substâncias que produzem doidos no Brasil. Inclusive os
doidos que não conseguem ver a juventude morrer em praça pública.
Mas
não precisa ir longe para constatar o tamanho da mistificação dessas campanhas
de legalização. Aqui mesmo em São Luís todos os dias jovens e adolescentes são
assassinados na periferia do consumo de entorpecentes. Mataram 14 nos últimos
12 dias. E basta dar uma volta em qualquer das inúmeras cracolândias para ver
de perto uma geração amarela e sem fôlego, corroída, faminta, esquálida,
perturbada mentalmente, incapaz de articular as palavras; uma gente que morre
em pé sob os auspícios de substâncias que gênios da sociologia, muitos deles
viciados e impiedosos, pretendem legalizar.
A
juventude masculina do Brasil está se extinguindo através do consumo de
entorpecentes e dos tiroteios que ele patrocina e meia dúzia de idiotas da
modernidade acha que pode ensinar aos outros o que a realidade não mostra.
Porque a realidade é que nos dias de hoje crianças assaltam e matam,
adolescentes espancam os pais, meninas e meninos se prostituem sob os céus das
metrópoles não para comer, mas para serem comidos pelas drogas.
E
querem nos convencer de que legalizar a maconha será a solução de tudo isso. Dá
vontade de vomitar diante de tanta burrice.
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