quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A legalização da maconha

Editorial JP, 15 de agosto

Há gente demais pensando sobre a legalização das drogas. Muito especialmente legalizar o consumo de maconha que na verdade, seguindo o álcool, é o segundo passo para a criação dessa juventude de zumbis que encontramos nas ruas, essa geração que mata e esfola sob controle do crack, da cocaína e de outras substâncias.
Quem se manifesta contra a legalização é tratado como preconceituoso, ultrapassado, burro, velho ou coisa que o valha. As razões em defesa da legalização são as mais didáticas possíveis, as mais convincentes. As verdadeiras razões nem são citadas. Mas a verdade é cristalina. Tem muita gente que já sabe que plantar maconha é mais lucrativo que plantar arroz e milho, que cultivar uma substância escravizante, como já acontece em países como a Colômbia, daria espaço para abertura de novos cartéis no Brasil.
Outra razão é que tem muita gente importante viciada em drogas que não se sente confortável sabendo que, de um modo ou de outro, está vivendo à margem da lei. E há ainda a possibilidade de traficantes incomodados pela polícia estarem patrocinando palestras, organizando comitês, financiando especialistas para mostrar que as vantagens da legalização são bem superiores que as desvantagens do consumo ilegal. A legalização das drogas retiraria os traficantes da ilegalidade.
Falam apenas da maconha, mas a verdade é que querem legalizar também a cocaína, o crack, o oxi e todas as substâncias que produzem doidos no Brasil. Inclusive os doidos que não conseguem ver a juventude morrer em praça pública.
Mas não precisa ir longe para constatar o tamanho da mistificação dessas campanhas de legalização. Aqui mesmo em São Luís todos os dias jovens e adolescentes são assassinados na periferia do consumo de entorpecentes. Mataram 14 nos últimos 12 dias. E basta dar uma volta em qualquer das inúmeras cracolândias para ver de perto uma geração amarela e sem fôlego, corroída, faminta, esquálida, perturbada mentalmente, incapaz de articular as palavras; uma gente que morre em pé sob os auspícios de substâncias que gênios da sociologia, muitos deles viciados e impiedosos, pretendem legalizar.
A juventude masculina do Brasil está se extinguindo através do consumo de entorpecentes e dos tiroteios que ele patrocina e meia dúzia de idiotas da modernidade acha que pode ensinar aos outros o que a realidade não mostra. Porque a realidade é que nos dias de hoje crianças assaltam e matam, adolescentes espancam os pais, meninas e meninos se prostituem sob os céus das metrópoles não para comer, mas para serem comidos pelas drogas.
E querem nos convencer de que legalizar a maconha será a solução de tudo isso. Dá vontade de vomitar diante de tanta burrice.

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