quinta-feira, 10 de abril de 2014

Zero a zero

JM Cunha Santos
 
A julgar pela entrevista do deputado Arnaldo Melo, presidente da Assembléia Legislativa, ao Jornal Pequeno e pelas conversas de bastidores dos deputados, o jogo da sucessão no gramado do governo ainda está de zero a zero. O esforço do líder Roberto Costa para convencer a todos de que a candidatura de Edinho Lobão é irreversível soa como bola na trave, ele próprio (Edinho) podendo ser jogado a qualquer hora para escanteio.
A partida tende mais para “pelada” que para disputa de campeonato, posto que a toda hora é substituído o centro-avante que disputará o governo do Estado. Tem gente demais na lateral querendo vestir a camisa 10 depois que Luis Fernando deixou o gramado contundido, com dores terríveis nas panturrilhas eleitorais. Edinho parece não ter condições de enfrentar os zagueiros contratados de última hora pelos adversários, alguns deles emprestados do Ministério Público Federal.
A regra é clara e o técnico Sarney ainda tem direito a três substituições. Uma delas pode ser João Alberto, que comete muitas faltas e não tem pena das canelas de ninguém; a outra pode ser o próprio presidente da Assembléia, preferido da torcida, mas desprestigiado junto à Comissão Técnica por indisciplina. Mas há quem diga que se contentará com a camisa 11, ou seja, pode acabar sendo o candidato a senador.
O problema com a camisa 11 é que a toda hora surgem novas contratações, o que irrita velhos jogadores que já ameaçam até se transferir de bom grado para a segunda divisão, abandonando o escrete de Sarney.
Com tantas dúvidas na escalação, o time mais antigo na política maranhense deve chegar à final do campeonato sem nenhuma possibilidade de vitória. Se chegar, pois é difícil administrar um grupo em que ninguém quer jogar no gol.

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