JM
Cunha Santos
A
julgar pela entrevista do deputado Arnaldo Melo, presidente da Assembléia
Legislativa, ao Jornal Pequeno e pelas conversas de bastidores dos deputados, o
jogo da sucessão no gramado do governo ainda está de zero a zero. O esforço do
líder Roberto Costa para convencer a todos de que a candidatura de Edinho Lobão
é irreversível soa como bola na trave, ele próprio (Edinho) podendo ser jogado
a qualquer hora para escanteio.
A
partida tende mais para “pelada” que para disputa de campeonato, posto que a
toda hora é substituído o centro-avante que disputará o governo do Estado. Tem
gente demais na lateral querendo vestir a camisa 10 depois que Luis Fernando
deixou o gramado contundido, com dores terríveis nas panturrilhas eleitorais.
Edinho parece não ter condições de enfrentar os zagueiros contratados de última
hora pelos adversários, alguns deles emprestados do Ministério Público Federal.
A
regra é clara e o técnico Sarney ainda tem direito a três substituições. Uma
delas pode ser João Alberto, que comete muitas faltas e não tem pena das
canelas de ninguém; a outra pode ser o próprio presidente da Assembléia,
preferido da torcida, mas desprestigiado junto à Comissão Técnica por
indisciplina. Mas há quem diga que se contentará com a camisa 11, ou seja, pode
acabar sendo o candidato a senador.
O
problema com a camisa 11 é que a toda hora surgem novas contratações, o que
irrita velhos jogadores que já ameaçam até se transferir de bom grado para a
segunda divisão, abandonando o escrete de Sarney.
Com
tantas dúvidas na escalação, o time mais antigo na política maranhense deve
chegar à final do campeonato sem nenhuma possibilidade de vitória. Se chegar,
pois é difícil administrar um grupo em que ninguém quer jogar no gol.
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