quinta-feira, 1 de maio de 2014

POLICIAIS FORAM AMEAÇADOS DE SAIR A BALA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO LUIS

JM Cunha Santos


 
Revelações surpreendentes foram feitas ontem durante o encontro entre deputados e policiais na Assembléia Legislativa do Maranhão.
“Esses homens e mulheres aqui presentes são heróis. Foram humilhados, chamados de criminosos e baderneiros e ameaçados de serem expulsos à bala da concentração onde se encontravam e mesmo assim resistiram”, revelou o cabo Campos, um dos líderes presos e perseguidos pelo governo Roseana Sarney.
Outra revelação é que não houve engano. O governo quis punir os grevistas. “A greve durou só 10 dias. Não houve desconto dos dias parados. Em alguns casos o governo descontou um mês de salário”, afirmou o cabo Júnior, da Polícia Militar de Imperatriz.
O soldado Leite revelou que existe em todo o país uma tendência de criminalização dos movimentos militares e que a Polícia Militar foi alijada da Constituição Federal de 1988. É regida por um Regulamento Disciplinar do Exército cuja base é a Ditadura Militar de 1964, um tempo em que oficiais do Exército eram nomeados para os comandos gerais das polícias militares nos estados.
Por outro lado, os salários da Polícia Civil são bem superiores aos salários da PM o que, se não fere o princípio constitucional da isonomia, provoca muito desconforto nas corporações.
O que fica evidente é o desrespeito do Governo do Estado para com a Polícia Militar do Maranhão. Para se proteger da opinião pública num ano eleitoral, o governo mentiu descaradamente ao engendrar um acordo que se nega a cumprir e para tanto usou até um senador da República, João Alberto, que sobre o assunto nunca mais se pronunciou.

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