JM
Cunha Santos
Revelações
surpreendentes foram feitas ontem durante o encontro entre deputados e
policiais na Assembléia Legislativa do Maranhão.
“Esses
homens e mulheres aqui presentes são heróis. Foram humilhados, chamados de
criminosos e baderneiros e ameaçados de serem expulsos à bala da concentração
onde se encontravam e mesmo assim resistiram”, revelou o cabo Campos, um dos
líderes presos e perseguidos pelo governo Roseana Sarney.
Outra
revelação é que não houve engano. O governo quis punir os grevistas. “A greve
durou só 10 dias. Não houve desconto dos dias parados. Em alguns casos o
governo descontou um mês de salário”, afirmou o cabo Júnior, da Polícia Militar
de Imperatriz.
O
soldado Leite revelou que existe em todo o país uma tendência de criminalização
dos movimentos militares e que a Polícia Militar foi alijada da Constituição
Federal de 1988. É regida por um Regulamento Disciplinar do Exército cuja base
é a Ditadura Militar de 1964, um tempo em que oficiais do Exército eram
nomeados para os comandos gerais das polícias militares nos estados.
Por
outro lado, os salários da Polícia Civil são bem superiores aos salários da PM
o que, se não fere o princípio constitucional da isonomia, provoca muito
desconforto nas corporações.
O
que fica evidente é o desrespeito do Governo do Estado para com a Polícia
Militar do Maranhão. Para se proteger da opinião pública num ano eleitoral, o
governo mentiu descaradamente ao engendrar um acordo que se nega a cumprir e
para tanto usou até um senador da República, João Alberto, que sobre o assunto
nunca mais se pronunciou.
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